O estado de Pernambuco está em destaque no cenário nacional de saneamento básico, uma vez que quatro de suas cidades figuram entre as 20 com os piores índices do país, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil. Segundo a pesquisa, esses municípios investiram menos de 65% do necessário para garantir a universalização da coleta de esgoto e abastecimento de água tratada em um período de quatro anos.
O levantamento, divulgado recentemente, foi elaborado em parceria com a consultoria GO Associados e analisou a situação dos cem municípios mais populosos do Brasil com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). As cidades pernambucanas que se encontram nas piores posições estão localizadas na Região Metropolitana, incluindo Olinda, Recife, Paulista e Jaboatão dos Guararapes.
É importante ressaltar que nenhuma cidade do estado apareceu entre os 20 municípios mais bem avaliados no estudo. O grupo dos 20 últimos colocados apresentou um investimento médio de R$ 78,40 por habitante em saneamento, enquanto o investimento necessário para a universalização seria de R$ 223,82. Jaboatão dos Guararapes se destacou negativamente em dois índices do ranking, demonstrando a gravidade da situação.
Com relação à cobertura de coleta de esgoto e fornecimento de água tratada em Pernambuco, a taxa atual é de 34% e 86%, respectivamente, conforme dados da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos. O governo estadual anunciou um projeto de concessão à iniciativa privada de parte dos serviços da Compesa, empresa responsável pelo sistema de esgotamento sanitário da capital e Região Metropolitana, com a promessa de universalizar o serviço até 2033.
Diante desse cenário, a importância de investir em melhorias na infraestrutura de saneamento se torna evidente. A parceria entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a empresa BRK é fundamental para avançar nesse aspecto e garantir um futuro mais saudável e sustentável para a população. A conscientização e o engajamento de todos os envolvidos são essenciais para superar os desafios e alcançar um padrão satisfatório de saneamento.
É fundamental que os órgãos competentes e a sociedade como um todo atuem de forma colaborativa e comprometida para reverter esse quadro preocupante e proporcionar melhores condições de vida para a população pernambucana. A adoção de medidas eficazes e a fiscalização constante são imprescindíveis para garantir o acesso universal aos serviços de saneamento básico e promover o bem-estar de todos os cidadãos. O futuro do estado depende diretamente das ações realizadas no presente em relação a esse tema tão relevante.