Pérola Faria revela diagnóstico de hepatite autoimune: entenda sintomas e tratamento. Confira!

Pérola Faria: saiba o que é hepatite autoimune e os sintomas da doença

Pérola Faria foi diagnosticada com hepatite autoimune em julho e está em tratamento. A atriz usou as redes sociais para falar sobre a saúde

A atriz Pérola Faria se emocionou nas redes sociais, nessa quarta-feira (27/11), ao revelar ter sido diagnosticada com hepatite autoimune, uma doença rara que afeta o fígado e tem início silencioso.

> “Foi um momento muito difícil porque vivi a incerteza de ter algo sério para a vida toda, sem saber qual seria exatamente o resultado do tratamento”, lembra.

HEPATITE AUTOIMUNE

A hepatite autoimune é uma inflamação do fígado causada pelo mau funcionamento do sistema imunológico. Nesse caso, o sistema imune do paciente ataca indevidamente as células saudáveis do fígado, o que diminui ou até mesmo interrompe o funcionamento do órgão.

A doença é rara e afeta cerca de 17 pessoas a cada 100 mil, sendo três a quatro vezes mais frequente em mulheres. Embora possa acontecer em qualquer idade, o diagnóstico é mais comum por volta dos 45 anos.

As causas da hepatite autoimune ainda não estão esclarecidas, mas acredita-se que a condição se desenvolve a partir de uma predisposição genética e/ou a partir de agentes externos, como infecções ou medicamentos.

SINTOMAS DE HEPATITE AUTOIMUNE

A doença geralmente evolui de maneira silenciosa, com sintomas pouco específicos no início, como:

* Cansaço excessivo;
* Dores nas articulações;
* Dores no abdômen do lado do fígado;
* Náusea ou vômitos;
* Mal-estar;
* Perda de apetite;
* Pele e olhos amarelados.

“O início da hepatite autoimune (HAI) é insidioso em 50% dos casos, com os pacientes apresentando fadiga, náusea, anorexia, perda de peso, dor ou desconforto abdominal, icterícia, erupção cutânea, dor nas juntas e nos músculos”, afirma o Ministério da Saúde.

Estima-se que 30% dos pacientes apresentam um quadro agudo, com icterícia intensa, sendo essenciais a identificação precoce e o tratamento adequado para evitar progressão para insuficiência hepática. Nesse caso, pode haver a indicação do transplante de fígado.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A realização do histórico clínico e as dosagens de anticorpos no sangue do paciente ajudam a fazer o diagnóstico da doença. Se necessário, uma biópsia hepática também pode ser feita.

O tratamento da hepatite autoimune é feito com o uso de corticoides e imunossupressores. Pérola iniciou o tratatmento em julho, logo depois de receber o diagnóstico. A suspeita de que algo estava errado surgiu com a recorrência das taxas alteradas nos exames do fígado nos últimos dois anos.

“Aproveitei para fortalecer ainda mais a minha fé e iniciei meu tratamento com doses altas de corticoide para diminuir a agressão que meu fígado estava sofrendo há dois anos. Não abracei o diagnóstico, segui realista, mas vivi minha vida, tentando não dramatizar o processo”, afirma.

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Nova descoberta: injeção de anticorpos revoluciona tratamento de crises de asma e DPOC, aponta estudo do King’s College London

Acredita-se que um tratamento “revolucionário” para crises de asma e DPOC tenha sido descoberto pelo King’s College London, da Inglaterra. Uma injeção de anticorpos, administrada em casos graves dessas doenças, mostrou-se mais eficaz do que o tratamento atual com esteroides. A injeção de benralizumabe reduziu em 30% a necessidade de tratamento adicional, além de diminuir as chances de internação após a crise, como revelado em um estudo clínico publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine.

O benralizumabe é um anticorpo monoclonal considerado seguro e eficaz, sendo administrado atualmente em doses baixas para o tratamento contínuo de asma grave. O estudo aponta que doses únicas maiores durante as crises são uma abordagem eficaz para reduzir a necessidade de hospitalizações. Essa pode ser a primeira inovação no tratamento de crises de asma e DPOC em 50 anos, trazendo uma nova esperança para pacientes com essas condições respiratórias.

O tratamento padrão para crises de asma envolve o uso de esteroides, como a prednisolona, que reduzem a inflamação nos pulmões. No entanto, esses medicamentos têm efeitos colaterais severos, como diabetes e osteoporose, e muitos pacientes acabam “falhando” no tratamento, aumentando o risco de complicações graves. O estudo realizado pelo King’s College London contou com 158 pacientes de alto risco para ataques de asma ou DPOC, sendo divididos em três grupos para receber diferentes tratamentos.

Os resultados mostraram que o benralizumabe melhorou os sintomas respiratórios após 28 dias e reduziu significativamente a taxa de falha no tratamento com esteroides em comparação com a terapia padrão. Aqueles tratados com a nova abordagem tiveram menor probabilidade de serem internados novamente, necessitarem de tratamento adicional ou evoluírem para complicações graves. Essa descoberta pode representar uma mudança significativa no tratamento de crises de asma e DPOC, trazendo benefícios importantes para os pacientes com essas condições.

A pesquisadora Mona Bafadhel ressaltou a importância do novo tratamento, destacando que as abordagens tradicionais não foram alteradas há décadas, apesar do alto número de mortes relacionadas a crises de asma e DPOC globalmente. Essa inovação pode ser um marco na medicina respiratória, oferecendo uma nova perspectiva para o tratamento dessas condições. Acompanhe mais notícias e atualizações sobre saúde e bem-estar seguindo a editoria de Saúde do King’s College London.

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