Perseguição policial em Irajá: quatro feridos, incluindo criança de 4 anos

Uma terceira pessoa, além do suspeito, também ficou ferida durante a perseguição policial que aconteceu em Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No total, quatro pessoas foram feridas no incidente que ocorreu no fim da manhã deste domingo. Entre os feridos, estão uma mulher e uma criança de apenas 4 anos de idade.

Segundo informações fornecidas pela Polícia Militar, o caso teve início após o roubo de um veículo na Avenida Pastor Martin Luther King com Estrada Adhemar Bebiano, em Inhaúma. A partir desse momento, os agentes do 3º BPM (Méier) iniciaram uma perseguição aos suspeitos, que resultou em um tiroteio e na prisão de um homem que colidiu em um poste em Irajá. O acidente envolveu três carros.

De acordo com fontes da TV Globo, a mulher e a criança estavam em veículos diferentes e se envolveram no acidente após o criminoso colidir contra os carros. A mulher ficou presa entre as ferragens depois que o veículo em que estava colidiu frontalmente com o poste. A criança foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento de Irajá juntamente com um homem, enquanto a mulher foi encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas. Posteriormente, a Fundação Saúde informou que a criança e o homem foram transferidos para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.

Além das vítimas mencionadas, o homem preso também acabou ficando ferido no incidente. Ele foi encaminhado para a delegacia com a cabeça enfaixada. A ocorrência foi registrada na 27ª DP (Vicente de Carvalho), onde as investigações prosseguem para apurar todas as circunstâncias do ocorrido em Irajá. A polícia segue trabalhando para esclarecer os detalhes do caso e garantir a segurança da população da Zona Norte do Rio de Janeiro.

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Jovem baleada no Rio: família denuncia demora no socorro pela PRF

Policiais rodoviários demoraram a socorrer jovem baleada no Rio, diz mãe

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, está internada em estado gravíssimo. Família diz que processará o Estado.

Em depoimento, policiais da PRF reconhecem que atiraram em carro de jovem no Rio.

Baleada na cabeça na véspera de Natal, quando deixava a Baixada Fluminense para uma ceia em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, Juliana Rangel, de 26 anos, demorou a ser socorrida pelos policiais, de acordo com a mãe da jovem.

Dayse Rangel, mãe de Juliana, falou da demora no atendimento. “Eles não socorreram ela. Quando eu olhei eles estavam deitado no chão batendo no chão com a mão na cabeça. E eu falei: ‘não vão socorrer não?’, questionou a mãe da jovem.”

A família da jovem estava na BR-040, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e seguia para a ceia de Natal, em Itaipu, Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A família foi surpreendida pelos disparos realizados por 3 policiais rodoviários federais.

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040. Dayse Rangel disse que quando viu os policiais, a família chegou a abrir passagem para a chegada deles ao carro, mas os agentes federais só atiraram. “A gente até falou assim: ‘vamos dar passagem para a polícia’. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, eles começaram a mandar tiro para cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro. Foi muito mesmo. E aconteceu que, quando a gente abaixou, mesmo abaixando, eles não pararam e acertaram a cabeça da minha filha.”

Alexandre Rangel, pai da jovem, contou o que aconteceu: “Vinha essa viatura, na pista de alta (velocidade). Eu também estava. Aí, liguei a seta para dar passagem, mas ele em vez de passar, veio atirando no carro, sem fazer abordagem, sem nada. Aí falei para minha filha ‘abaixa, abaixa, no fundo do carro, abaixa, abaixa’. Aí eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha.”

Juliana Rangel, atingida na cabeça, foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O estado de saúde dela, até às 22h desta quarta-feira (25), era considerado gravíssimo. A jovem foi medicada, passou por cirurgia e está no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os agentes usavam dois fuzis e uma pistola automática, que foram apreendidos. Em depoimento, os agentes reconheceram que atiraram contra o carro. Eles alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do veículo e deduziram que vinha dele.

Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.

“A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos relacionados à ocorrência registrada na noite desta terça-feira (24/12), no Rio de Janeiro, envolvendo policiais rodoviários federais. Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal.”

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