Milhares de anchovas foram capturadas na Praia de Cima, em Palhoça, um dia após mais de 30 mil tainhas cobrirem a mesma faixa de areia. A captura desses peixes impressionou os pescadores da região, que acreditam que o número de anchovas ultrapassou 5 mil. As imagens mostram os peixes ainda presos à rede, sendo puxados pelo grupo de pescadores.
A pesca da anchova na Praia de Cima é uma tradição que acontece anualmente, seguindo a normativa do Ministério da Pesca e Aquicultura. De acordo com essa normativa, a largada das embarcações é permitida a partir de 1º de abril, enquanto a captura no litoral sul do país é proibida de 1º de dezembro a 31 de março. Esse peixe é fundamental na alimentação das populações locais e possui grande importância histórica e cultural no estado de Santa Catarina.
Desde 2012, a pesca artesanal é considerada patrimônio de Santa Catarina, e anualmente, entre maio e julho, a atividade é celebrada com festividades. A presença massiva de anchovas na Praia de Cima é um evento marcante para a comunidade local e para os pescadores, que se mobilizam para realizar a captura desses peixes.
O secretário de Pesca e Aquicultura de Santa Catarina, Tiago Frigo, ressaltou a importância dessa pesca para a região e destacou a quantidade significativa de peixes capturados nessa temporada. Os números oficiais serão repassados posteriormente ao Ministério da Pesca pelos compradores dos peixes, evidenciando a relevância econômica desse setor para a comunidade local.
Além da pesca da anchova, outras atividades relacionadas à pesca são comuns na região, como a captura de tainhas e o apoio de animais marinhos, como o boto, aos pescadores. Mudanças climáticas também têm sido identificadas como influenciadoras da costa de Santa Catarina, impactando as atividades pesqueiras e a vida marinha.
A preservação e o manejo sustentável dos recursos marinhos são fundamentais para garantir a continuidade dessas atividades e a riqueza natural da região. A pesca artesanal e tradicional de Santa Catarina representa não apenas uma fonte de alimento e economia, mas também parte integrante da identidade cultural do estado.