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Pesquisa aponta que brasileiros ficam em média 9 horas do dia em frente às telas

Última atualização 09/02/2024 | 13:49

De acordo com um estudo realizado pela plataforma Electronics Hub, um site especializado em tecnologia, com base na pesquisa Digital 2023: Global Overview Report, o Brasil ocupa o segundo lugar em termos de tempo médio gasto em frente às telas, entre 45 países analisados. O brasileiro fica em média 56,6% das horas acordadas com o smartphone nas mãos, o que representa cerca de nove horas do dia.

Seja para trabalho, entretenimento ou relaxamento, os celulares, tablets e computadores tornaram-se elementos essenciais na vida do ser humano. Muitos chegam a afirmar que esses dispositivos eletrônicos são uma extensão do próprio corpo, tendo em vista que estão presentes em praticamente todas as atividades, desde a comunicação por mensagens e e-mails até o entretenimento com filmes, séries e leitura de textos.

Para o oftalmologista Dr. Irineu de Melo do CBCO Hospital de Olhos, o problema está no excesso. “Estamos falando de cansaço na visão, olhos vermelhos, dor, turvação visual, irritação, ardência, e sensação de ressecamento. Quando ficamos por muito tempo olhando para algo que nos chama atenção, reduzimos a quantidade de vezes que piscamos e os olhos ficam ressecados”, explica.

Há também os riscos decorrentes da exposição à luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos, que podem danificar a retina e aumentar o risco de desenvolvimento de condições como degeneração macular, catarata e fotoqueratite, que é uma queimadura na córnea. Esses prejuízos se estendem à qualidade do sono, já que o uso de dispositivos como celulares durante a noite pode reduzir o tempo total de sono.

O oftalmologista ressalta ainda que a importância de seguir algumas orientações para prevenir e tratar problemas visuais decorrentes do uso excessivo de telas, como realizar consultas regulares com um especialista.

“Isso vai ajudar a saber qual o tipo do problema e se é necessário o uso dos óculos com os filtros adequados e dos colírios lubrificantes. Fora isso, tente ficar a pelo menos 50 centímetros de distância das telas e reduza a quantidade de tempo em frente a esses aparelhos”, orienta.