Pesquisa aponta que Covid-19 pode causar trombose

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo registraram a formação de coágulos em pequenos vasos localizados embaixo da língua de pacientes internados com quadro grave de Covid-19 , que foram submetidos à ventilação mecânica no início da hospitalização. É a primeira documentação de imagem de trombose microvascular em pacientes vivos com a forma grave da doença.

Os resultados confirmam a teoria de que distúrbios de coagulação sanguínea resultantes de uma intensa resposta inflamatória ao novo coronavírus estão relacionados aos sintomas mais graves da doença, como a insuficiência respiratória e a fibrose pulmonar. Já havia indícios dessa relação a partir de autópsias feitas em vítimas fatais da Covid-19, que revelaram a existência de coágulos muito pequenos nos vasos mais finos que do pulmão.

Mas os pesquisadores ainda tinham dúvidas ainda se tais distúrbios de coagulação eram consequência do longo período de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) ou eram resultado da resposta inflamatória causada pelo vírus. No entanto, o estudo revelou a formação dos microtrombos já no primeiro dia de internação, o que reforça que a trombose microvascular é uma característica da Covid-19.

No estudo, foram analisadas a imagem da microcirculação embaixo da língua de 13 pacientes no primeiro dia após a internação. A região sublingual foi escolhida porque é uma parte de mucosa possível de ser acessada de modo não invasivo. Em 11 casos os pacientes apresentaram evidências de trombose microvascular, o que corresponde a 85% dos pacientes.

Mais pesquisas são necessárias e ainda serão feitas, garantiu o artigo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp