Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o Centro-Oeste está entre as regiões que menos gastam com cigarros mensalmente. Goiás e Mato Grosso alcançam 9% cada, enquanto Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal gastam apenas 6% cada – eles têm a menor porcentagem no total.
As demais regiões, o Norte e Nordeste concentram os maiores gastos com o tabagismo, sendo o Acre o estado com o maior comprometimento de renda (14%), seguido por Alagoas (12%), Ceará, Pará e Tocantins (11% cada). Na Região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul registram 8% de gastos com cigarros e Santa Catarina, 7%. No Sudeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentam gastos em torno de 8%, enquanto São Paulo e Espírito Santo atingem 7%.
Durante o Dia Mundial sem Tabaco, 31 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) fez um alerta afirmando que qualquer tipo de tabaco é prejudicial à saúde. A nova onda que vem se popularizando entre os jovens é o cigarro eletrônico (vape). De acordo com a pesquisa realizada, esta nova substância é o favorito entre 16% da população de fumantes do estado entre as pessoas de 18 a 24 anos.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, é necessário alertar os jovens e explicar que, por trás da descontração, há um vício perigoso e mortal, ao ponto de evitar o aumento do número de novos fumantes. “O Brasil é referência no combate ao tabagismo, alcançou altos níveis nas medidas de controle do tabaco e agora precisamos adaptar as abordagens para esse público jovem e para esses dispositivos que se apresentam como menos nocivos, mas não são”, ressalta Flúvia.
O primeiro inquérito de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (Vigitel), mostra que cigarro, álcool e sobrepeso, juntos, aumentam a chance da ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.