A pesquisa realizada pelo Datafolha com 2.002 pessoas entre os dias 2 e 4 de dezembro apontou que 91% dos eleitores não se arrependem do voto para presidente em 2022. Apenas 8% afirmaram estar arrependidos, enquanto 1% não respondeu. A margem de erro foi de dois pontos percentuais. A convicção se manteve semelhante entre os que votaram em Lula (91%) e Bolsonaro (92%).
A preferência por quem Bolsonaro deveria apoiar também foi analisada, com 8% acreditando que ele deveria apoiar Flávio, 22% Michelle e 20% Tarcísio. O índice de arrependimento foi maior na região Sul (11%) e entre aqueles que ganham até dois salários mínimos (10%), enquanto entre os que recebem de cinco a dez salários mínimos cai para 6%. Dentre os arrependidos, 4% afirmaram preferir o PT, e 1% o PL.
A pesquisa foi conduzida logo após a prisão de Jair Bolsonaro, sendo a maioria dos entrevistados considerando a detenção justa. No entanto, o acontecimento não afetou a fidelidade de sua base eleitoral, mantendo um grau de convicção semelhante à dos eleitores de Lula.
Na projeção para as eleições de 2026, Lula lidera todos os cenários, apesar de registrar uma taxa de rejeição de 44%, próxima à de Bolsonaro, com 45%. A eleição de 2026 é vista como “muito importante” por 77% dos entrevistados, sendo que entre os apoiadores de Bolsonaro esse índice chega a 85% e entre os de Lula a 79%. Pessoas de 45 a 59 anos são as que mais valorizam o pleito, com 80% considerando-o importante, enquanto 12% dos maiores de 60 anos não compartilham dessa opinião.
Segundo o Datafolha, mesmo entre os mais engajados politicamente, há uma clara divisão. No grupo que considera a eleição muito importante, 80% avaliam o governo Lula como ótimo/bom, enquanto outros 80% o classificam como ruim/péssimo. Governadores de direita evitam endossar a candidatura de Flávio Bolsonaro, o que demonstra o cenário político polarizado e a importância atribuída às escolhas eleitorais.




