Pesquisa diz que 123 milhões com 15 anos ou mais não praticam esporte no Brasil

Entre setembro de 2014 e setembro de 2015, os jovens e adultos com 15 anos ou mais de idade que não praticavam qualquer tipo de esporte ou atividade física eram 122,9 milhões de pessoas, o equivalente a 76% da população de 161,8 milhões de brasileiros nesta faixa etária. Do total, 70,1 milhões eram mulheres, o equivalente a 83,1% da população feminina do país de 15 anos ou mais por ocasião da pesquisa.

Os dados fazem parte do estudo Pnad 2015: Prática de Esporte e Atividade Física, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (17), no Rio de Janeiro, com dados extraídos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) daquele ano.

Os números divulgados revelam que, em 2015, no Brasil, 61,3 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade – o equivalente a 37,9% do total de 161,8 milhões de pessoas nesta faixa etária – praticavam algum tipo de esporte ou atividade física, dos quais 53,9% eram homens e 46,1% mulheres.

O estudo constatou que a prática é mais frequente na faixa de idade entre 15 a 17 anos, onde mais de 50% dos entrevistados responderam ter praticado algum esporte ou atividade física no período de 365 dias de referência, enquanto na faixa etária de 60 anos ou mais este percentual era de mais de 27%.

A pesquisa decorre de convênio do Ministério do Esporte com o IBGE, que investigou a prática de esportes e atividades físicas por pessoas de 15 anos ou mais, identificando o tipo de esporte ou atividade física praticada, perfil dos praticantes, motivação, local de prática, frequência, duração, participação em competições e outros aspectos.

Também foram investigadas as pessoas que não realizaram esporte, identificando o motivo de não praticar e se tinham praticado anteriormente. “A quantidade de pessoas que não praticam e nunca praticaram qualquer tipo de esporte ou atividade física chamou bastante atenção: ela decorre da falta de tempo ou mesmo de interesse e tem maior ou menos influência de acordo com a idade.

Entre os jovens de 15 a 17 anos, por exemplo, é a falta de interesse que motiva o sedentarismo. Já entre as pessoas com mais idade têm como motivo maior a falta de tempo”, disse o analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Leonardo Quaresma.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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