Pesquisa Exame/Ideia traz Lula com 47% das intenções de voto e Bolsonaro com 37%

No cenário atual, diferença entre Lula e Bolsonaro é de 4.729.188 votos

Pesquisa Exame/Ideia divulgada nesta quinta-feira, 29, mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 10 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL). Os dados apontam o petista com 47% contra 37% do atual presidente no primeiro turno das eleições, que acontece no próximo dia 2 de outubro.

Em relação ao levantamento anterior do instituto, divulgado no mês de agosto, Lula cresceu três pontos percentuais, no limite da margem de erro, saltando de 44% para os atuais 47%. Bolsonaro oscilou um ponto para cima, saindo de 36% para 37%. Os números se referem ao cenário estimulado, onde o eleitor recebe uma lista com os nomes dos candidatos.

A pesquisa indica ainda que Ciro Gomes (PDT) tem 6% das intenções de voto, enquanto Simone Tebet soma 5%. O ex-ministro caiu três pontos percentuais em relação ao levantamento anterior e a senadora subiu um. No estudo desta quinta, votos brancos e nulos contabilizam 4%.

Os dados observados neste levantamento representam a maior pontuação do ex-presidente Lula desde junho, quando teve início a série de pesquisas contratadas pela Exame, agora em sua quinta edição.

Cenários

Levando em consideração apenas os votos válidos, Lula alcança 49% da preferência dos eleitores ouvidos e Jair Bolsonaro aparece 11 pontos atrás, com 38%. Ciro soma 7% e Simone Tebet, 5%.

Já tendo por base o cenário espontâneo, quando o eleitor responde sem estímulos em quem pretende votar, o petista fica em primeiro com 39% das intenções de voto, seis pontos à frente de Bolsonaro, que tem 33%.

A pesquisa foi realizada por telefone com 1,5 mil eleitores, entre os dias 23 e 28 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. O estudo tem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo BR-09782/2022.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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