Press "Enter" to skip to content

Pesquisa indica aumento da obesidade e sobrepeso em usuários de planos de saúde

Última atualização 15/01/2018 | 14:18

Comparando em 2008, essa parcela era de 12,5%, e, se comparado o número de obesos daquele ano de 2016, é possível constatar que houve um crescimento de 41,6%

Foi divulgada hoje pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), uma pesquisa feita com 53 mil usuários de planos de saúde de todo o Brasil. Houve aumento da obesidade e do sobrepeso entre os anos de 2008 e 2016. Apesar de terem se tornado mais frequentes o consumo de frutas e hortaliças e a prática de atividade física. Esses dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Foram entrevistados cerca de 20 mil homens e 33 mil mulheres que moram nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

A pesquisa identificou também números regionais sobre os fatores de risco pesquisados e concluiu que cinco capitais já registram mais de 20% de usuários de plano de saúde obesos. Manaus tem o índice mais elevado, com 22,3%, seguida por Macapá, com 20,8%, e Rio de Janeiro, com 20,5%. João Pessoa tem 20,2% e Aracaju, 20%. Palmas e Distrito Federal têm o menor percentual, de 13,4%.

No ano de 2008, cerca de 46,5% dos entrevistados apresentavam Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 25 pontos. Essa parcela da população aumentou para 53,7% quando essa mesma pesquisa foi repetida no ano passado. O IMC é um dos parâmetros usados pela Organização Mundial da Saúde para identificar se uma pessoa está em um peso correspondente a sua altura. O valor é calculado dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado (multiplicada por ela mesma). Quando atinge ao menos 30 pontos de IMC, uma pessoa é considerada obesa, o que é o caso de 17,7% dos usuários de planos de saúde.

Assim,  em 2008, essa parcela era de 12,5%, e, se comparado o número de obesos daquele ano de 2016, é possível constatar que houve um crescimento de 41,6%.

Melhora

Apesar dessa alta, a pesquisa mostrou uma melhora de alguns indicadores, o número de adultos que consomem refrigerantes ao menos cinco vezes por semana caiu de 26,2% para 14,7%. O percentual de pessoas que trocam refeições por lanches começou a ser medido em 2013 e caiu de 19% para 15,6%. Mas, o hábito de comer hortaliças e frutas com regularidade cresceu de 27% em 2008 para 30,5% em 2016.

A população que pratica ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou intensa semanalmente cresceu de 37,4% em 2010 para 42,3% em 2016. A inatividade física, por outro lado, caíram cinco pontos percentuais, de 19,2% para 14,2%. Foi classificado como inativo o entrevistado que respondeu não ter praticado nenhuma atividade física nos três meses anteriores à pesquisa. Também são consideradas nessa resposta a realização de atividade física no trabalho, limpeza pesada em casa e caminhadas de pelo menos 10 minutos para ir ou voltar de uma atividade diária, como o trabalho ou a escola.

Tabagismo

Um levantamento da pesquisa também foi referente ao consumo de cigarro, com queda em relação a 2008, mas parou de cair se comparada a variação de 2015 para 2016. Em 2008, 12,4% dos entrevistados eram fumantes, patamar que caiu ano após ano até atingir 7,2% em 2015. No passado, 7,3%  dos usuários de plano de saúde declararam ser fumantes. E o número de fumantes passivos em domicílio ou em local de trabalho também caiu. A pesquisa  verificou que  6,3% das pessoas estão expostas ao tabaco em casa e 5,2%, no trabalho.