Pesquisa inédita identifica variante de coronavírus em morcegos de Fortaleza, América do Sul

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Pesquisa identifica variante do coronavírus em morcegos de Fortaleza

Foi a primeira vez que o vírus foi identificado em morcegos na América do Sul. Risco em humanos ainda não é conhecido.

Uma colaboração entre cientistas do Ceará, São Paulo e da Universidade de Hong Kong resultou na descoberta de uma nova variante de coronavírus em morcegos de Fortaleza, semelhante ao vírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

O estudo revelou a presença de sete tipos de coronavírus em cinco morcegos de duas espécies — uma insetívora (que se alimenta de insetos) e outra frugívora (que consome frutas, verduras e legumes). É a primeira detecção de um vírus do tipo Mers em morcegos na América do Sul.

O objetivo da pesquisa é mapear vírus com potencial para saltar de animais para humanos, evitando futuras crises sanitárias.

Os pesquisadores destacam que, nesta fase, não é possível afirmar se a nova variante identificada pode infectar seres humanos. Embora compartilhe características genéticas com o coronavírus da Mers e até com o Sars-CoV-2 (causador da Covid-19), a transmissão para pessoas ainda não foi comprovada.

A Mers, descoberta em 2012 na Arábia Saudita, é conhecida por sua alta letalidade (cerca de 35% dos casos), mas não se espalha facilmente entre humanos.

Dos mais de 800 mortos registrados até hoje, a maioria teve contato direto com camelos — hospedeiros intermediários do vírus — ou ocorreu em surtos hospitalares. Não há registros da doença no Brasil.

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