Segundo pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada recentemente, mais da metade da população brasileira manifesta desconfiança em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 58% dos entrevistados indicando essa postura. Por outro lado, 40% dos participantes afirmaram confiar no líder petista. O levantamento foi realizado com 2.000 pessoas entre os dias 7 e 11 de março, em 131 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Comparado com dados anteriores, houve um aumento na desconfiança em relação a Lula, visto que em dezembro de 2024, a porcentagem de pessoas que não confiavam era de 52%. Já a confiança no ex-presidente sofreu uma queda de cinco pontos percentuais em três meses, passando de 45% para os atuais 40%. Esse cenário demonstra uma polarização de opiniões em relação ao político.
O estudo revelou ainda que a confiança em Lula se destaca entre os grupos que avaliam positivamente sua gestão (92%), aqueles que votaram nele em 2022 (75%), moradores do Nordeste (55%), indivíduos com ensino fundamental (50%), católicos (50%), pessoas com 60 anos ou mais (50%) e indivíduos com renda familiar de até 1 salário mínimo (49%).
Por outro lado, a desconfiança em Lula é expressiva entre os que consideram ruim ou péssima a sua administração (96%), aqueles que votaram em Jair Bolsonaro em 2022 (91%), eleitores que optaram por voto em branco ou nulo na última eleição (84%), evangélicos (70%), pessoas com renda familiar superior a 5 salários mínimos (73%), moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%), indivíduos de outras religiões ou sem religião (66%) e aqueles com ensino superior (65%).
Diante desse quadro, o ambiente político no Brasil permanece marcado por divisões e polarizações, refletindo a complexidade da opinião pública em relação às lideranças e aos rumos do país. A forma como esses dados serão interpretados e utilizados no cenário político atual certamente influenciará os movimentos e estratégias das diferentes forças em atuação no país.