Pesquisa Quaest mostra a necessidade de Lula fortalecer Fernando Haddad
A pesquisa Quaest com os principais agentes do mercado não traz novidades sobre a avaliação deles sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segue alta a rejeição ao petista. O dado negativo para o governo é a avaliação negativa em alta dos agentes de mercado sobre o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vinha contando com o apoio de economistas até pouco tempo.
O resultado da pesquisa, segundo interlocutores de Lula, mostra a necessidade de o presidente fortalecer Fernando Haddad. Afinal, um ministro da Fazenda enfraquecido significa perda de credibilidade de quem tem como principal responsabilidade fazer o país crescer e a inflação cair. E as últimas decisões de Lula serviram para tirar força de Haddad nos últimos meses.
No caso de Lula, a equipe do presidente não vê nenhum problema com o resultado de que 88% têm uma avaliação ruim ou péssima sobre o presidente. O petista sempre teve uma relação de conflito com o mercado, a quem critica sempre que tem uma oportunidade. Por isso, o governo não leva em conta esse dado, dizendo que o mercado não tem voto suficiente para eleger um presidente da República.
Já no caso de Haddad, é diferente. Ele precisa ter credibilidade junto ao mercado para conduzir a política econômica. A curva de aprovação dele caiu. Já chegou a ser de 65% em julho de 2023. A inversão acontece a partir de dezembro de 2024, quando ele tinha 41% e agora tem apenas 10%.
Enquanto isso, a avaliação negativa foi subindo de 24% em dezembro de 2024 para 58% agora. Não por outro motivo 85% enxergam a força do ministro da Fazenda menor neste momento. Um interlocutor de Lula diz que o presidente precisa entender que um ministro da Fazenda fraco joga contra o seu governo, porque dificulta ainda mais a condução da política, principalmente neste momento em que a inflação está pressionada e a economia deve entrar num período de desaceleração.
A piora da avaliação de Fernando Haddad junto a agentes de mercado, por sinal, ocorre também no mesmo período em que pesquisas passaram a mostrar uma reprovação do presidente Lula maior do que sua aprovação. Esses resultados indicam a urgência de Lula fortalecer Haddad para recuperar a confiança do mercado e garantir uma gestão econômica mais estável para o país.
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