Pesquisa que omitiu nome de candidatos é suspensa

“Perigo da demora, uma vez que estamos em ano eleitoral e a pesquisa, com data de divulgação para 04/09/2018, poderá influenciar de modo relevante e perigoso na vontade dos eleitores.”

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás suspendeu a divulgação da pesquisa contratada pela Exata OP Opinião Pública LTDA – EPP – devido à irregularidade no questionário aplicado na pesquisa. O documento registrado junto ao TRE, pela empresa, omitia os nomes dos dois candidatos ao Senado da Coligação Novas Ideias, Novo Goiás: Agenor Mariano e Vanderlan Cardoso. Além de omitir o nome de Vanderlan, não consta no formulário a identificação da área de abrangência do levantamento, o que afronta resolução do TSE que trata dos procedimentos relativos ao registro e a posterior divulgação, por qualquer meio de comunicação, de pesquisas de opinião pública.

A decisão foi tomada em tutela provisória de urgência. Segundo a peça apresentada à Justiça, existe “perigo da demora, uma vez que estamos em ano eleitoral e a pesquisa, com data de divulgação para 04/09/2018, poderá influenciar de modo relevante e perigoso na vontade dos eleitores.” Relator do processo, o Juiz José Proto de Oliveira atendeu o pedido da Coligação, representada pelos advogados Henrique Jacinto, Stefânia Silva e Colemar Moura, deferiu tutela de urgência  e determinou que empresa suspenda a divulgação dos resultados da pesquisa. A EPP terá dois dias para apresentar defesa.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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