Uma pesquisa da Paraná Pesquisas, entre os dias 16 e 19 de abril de 2025, revelou que 70% dos brasileiros cientes da condenação de Débora Rodrigues dos Santos consideram injusta a pena de 14 anos de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A cabeleireira de 39 anos foi condenada por pichar a estátua “A Justiça” com batom, escrevendo “Perdeu, mané”, durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília.
A condenação de Débora abrange cinco crimes: deterioração de patrimônio tombado, dano qualificado, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. A maioria dos ministros da Primeira Turma do STF optou pela pena mais alta, com destaque para os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Por outro lado, o ministro Luiz Fux propôs uma pena menor, de um ano e seis meses, que poderia ser convertida em medida alternativa.
A defesa de Débora argumentou que houve cerceamento de defesa, pois não teve acesso a provas, incluindo imagens do ataque registradas pelo Ministério da Justiça. Os advogados destacaram que não há evidências suficientes para a condenação, ressaltando que ela compareceu aos atos com o intuito de se manifestar pacificamente e que não há provas de que tenha aderido a qualquer plano golpista.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa entrevistou 2.020 eleitores de 160 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e grau de confiança de 95%. Dos entrevistados, 70% consideram a condenação injusta, 25,7% acham a pena justa e 3,6% não souberam ou não quiseram opinar.