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Pesquisadores criam versão personalizada de coração humano que bombeia sangue 

Última atualização 04/03/2023 | 08:35

A invenção de dispositivos médicos cada vez mais parecidos com órgãos humanos está se tornando realidade com a criação de uma versão de coração com bombeamento de sangue. A estrutura desenvolvida por cientistas norte-americanos é uma releitura aprimorada de um modelo criado em 2020. Com a novidade, o tratamento cardíaco terá elementos personalizados para a anatomia do paciente.

 

“Todos os corações são diferentes. Existem variações enormes, especialmente quando os pacientes estão doentes. A vantagem do nosso sistema é que podemos recriar não apenas a forma do coração de um paciente, mas também sua função tanto na fisiologia quanto na doença”, detalha um dos autores da pesquisa do  Massachusetts Institute of Technology (MIT), Luca Rosalia, em entrevista ao MIT News.

 

O coração híbrido biorobótico é desenvolvido com a conversão de imagens do órgão em modelo de computador tridimensional que é impresso em polímero por meio de processos que produzem objetos em 3D. O resultado é uma “réplica” leve, flexível e no tamanho do próprio paciente. A simulação de bombeamento do fluxo sanguíneo funciona por meio de uma espécie de luva afixada na região que seria a aorta para reproduzir as condições de pressão arterial. 

 

Não estamos apenas imprimindo a anatomia do coração, mas também replicando sua mecânica e fisiologia. Essa é a parte que nos entusiasma”, frisou outra autora da pesquisa, Ellen Roche, ao jornal Daily Mail. O processo funciona com a ajuda de um sistema de ar interconectado que ajuda a formar o movimento de  retração e estreitamento dos vasos sanguíneos parecido com o do próprio paciente. 

 

Na prática, um exemplo seria a implantação de válvula sintética para casos de estreitamento da válvula cardíaca que alarga essa estrutura. O dispositivo passaria  ter o tamanho semelhante ao natural e considerado adequado pelo médico, ou seja nem muito grande nem muito pequeno para a necessidade da pessoa operada. 

Dessa forma, antes de levar o paciente para a sala de cirurgia, o médico pode imprimir uma réplica do coração da pessoa e testar o tamanho ideal da válvula a ser inserida no órgão. A consequência são melhores resultados da cirurgia a curto, médio e longo prazos. O estudo divulgado na na revista Science Robotic salienta a redução de falhas nas intervenções médicas.

 

Assista ao vídeo: