Pesquisas realizadas no interior de SP são reconhecidas em ranking da Universidade de Stanford
Entre as pesquisas em destaque em Bauru (SP) e Botucatu (SP), estão aprimoramentos no tratamento endodônticos e as propriedades do própolis. Pesquisadores do Centro-Oeste e Oeste Paulista estão entre os mais influentes do mundo
Pesquisas realizadas por pesquisadores do interior paulista estão ganhando destaque mundial por suas contribuições à ciência. Um levantamento feito pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, apontou 26 nomes da região centro-oeste entre os mais influentes do mundo.
O ranking da Universidade de Stanford avalia o impacto de cientistas de todo o mundo com base na quantidade de citações em artigos acadêmicos, refletindo a relevância e a influência de suas pesquisas em diversas áreas do conhecimento.
Entre os destaques, estão professores e pesquisas realizadas nas universidades públicas de Bauru (SP) e Botucatu (SP). Na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), o professor Marco Úngaro é referência na área e coordenador de uma pesquisa que busca desenvolver novos materiais para o preenchimento do canal dentário.
O objetivo é aprimorar os tratamentos endodônticos e aumentar as taxas de cura de lesões que podem afetar a saúde geral dos pacientes. “É o reconhecimento que o que nós estamos produzindo é uma ciência relevante, é uma ciência inovadora e é uma ciência reconhecida a nível mundial”, relata o professor Marco em entrevista à TV TEM.
A USP teve 281 pesquisadores citados no ranking internacional, sendo 19 da área de Odontologia e 12 pertencentes à faculdade de Bauru. “Isso mostra o comprometimento dos nossos docentes com a pesquisa e o papel de destaque da instituição na produção científica mundial”, complementa Marília Buzalaf, diretora da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB).
O único docente citado da Faculdade de Medicina de Bauru (FMBRU) foi José Sebastião dos Santos, professor titular de Cirurgia, que ressaltou, em entrevista ao DE, a relevância social dos projetos. “Essas pesquisas, com intervenção e mudança de práticas, melhoram a formação de profissionais da saúde e especialistas, ampliam a interface da Universidade com o Sistema Único de Saúde, facilitam o acesso oportuno e melhoram a relação custo/efetividade para os pacientes e o sistema de saúde”, relata José Sebastião.
Em Botucatu (SP), há mais de três décadas, o biólogo e professor José Maurício Sforcin, do Instituto de Biociências da Unesp, investiga as propriedades da própolis, substância natural produzida pelas abelhas, e seus efeitos em células normais e tumorais. Seu trabalho também está entre os citados pelo ranking. “Fazer parte dessa lista é resultado de muito trabalho e da base sólida que temos aqui. A pesquisa é um processo longo, envolve planejar, testar, analisar e publicar, e esse reconhecimento mostra que vale a pena”, finaliza.
Colaborou sob supervisão de Henrique Souza. Veja mais notícias da região no DE Bauru e Marília.
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