“Pessoas com fé têm uma imunidade maior”, diz psicóloga

Dr.ª Ana Lídia Agel é psicóloga, terapeuta familiar e concedeu entrevista nesta quinta-feira, 14, ao Dário do Estado, sobre a saúde mental, lembrada especialmente neste mês de janeiro. “O janeiro branco, principalmente depois da pandemia, é uma campanha que está crescendo, apesar de existir desde 2014. Depois de tanta crise, a saúde mental deu o alerta. Em Goiânia, ela foi instituída por lei em 2017. O branco é uma menção à uma folha em branco, que é te é oferecida para que você escreva uma nova história. O tema deve ser tratado sem preconceitos… saúde mental é equilíbrio”, define a psicóloga.

Qual a importância de ter metas para o novo ano?

“Uma pessoa sem metas e sem planejamento é uma pessoa sem sentido, sem propósito na vida. Quando a pessoa senta e projeta uma vida e ela tem alvos a alcançar. Essa pessoa tem um estímulo para levantar da cama todos os dias”, explica Ana Lídia. É também possível, por meio da procrastinação, que as pessoas estabeleçam metas, não realizem e fiquei ainda mais frustradas. Para isso, a terapeuta tem uma solução: “estabeleça metas de acordo com a prioridade! E não se cobre tanto… não seja um carrasco de si. É melhor feito, do que perfeito!”.

A psicóloga explica que temos quatro pilares de sustentação da vida, que precisam estar em equilíbrio: O pilar pessoal, profissional, social e espiritual. “A pessoa precisa ter alguma fé, para que ela possa se amparar”, diz a profissional, afirmando que hoje a ciência já comprova este fato. “Uma pessoa que faz terapia, toma vitaminas, mas não faz atividade física… não está equilibrada. Vamos supor outra pessoa que tenha uma mente positiva, mas ela não tem uma boa alimentação… ela se sabota por outro lado”, dá exemplos.

A importância da fé na saúde

“A fé era mensurada como nível de inteligência. Da mesma forma que existe o QI, quociente de inteligência, e o QE, o quociente emocional, existe o QS, quociente espiritual, que é uma inteligência espiritual que pode ser mensurável e que pode impulsionar a sua vida em crescimento”, conta Ana. “Até em termos de doença… pessoas com fé têm imunidade maior. Quando a pessoa tem uma inteligência espiritual, essa pessoa tem mecanismos de reequilíbrio para ela se manter bem“, aponta.

Por fim, a profissional, revela a importância de ter a vida em ordem: “Quanto mais a pessoa tem equilíbrio, mas ela tem alegria de viver. E não seja um coronel de si mesmo! Tenha paciência com suas limitações. Não deu certo hoje? A cada segundo ainda dá tempo. A cada manhã.”

Assista a muito mais na entrevista completa, sobre ansiedade, depressão, e como vencer estes males emocionais logo acima!

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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