Pessoas prejudicadas por chuvas têm direito a indenização, diz advogado

A forte chuva que tomou conta de Goiânia na noite da última quarta-feira (21) deixou vários prejuízos em residências da capital. Pessoas que sofreram com alagamentos e que tiveram danos materiais podem ter direito a indenização por parte do Poder Público, segundo o advogado Caio Cesar Mota, membro da Diretoria Executiva da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO).

Embora chuvas sejam de natureza de forças maiores que fogem ao controle, os prejuízos causados não naturalmente serão. Alagamentos e enchentes podem ser resultados da falta de amparo do Poder Público ao deixar de fazer o manejo e escoamento das águas, segundo Mota. De acordo com ele, a limpeza de bocas de lobo e bueiros, a correta manutenção das barragens de rios e a contenção de córregos são essenciais para evitar problemas graves. “Quando deixam de cumprir com essas obrigações, tem-se um caso claro de omissão do Poder Público”, explica o advogado.

Foto: Telma Moraes

Na Avenida Marechal Rondon, Vila São Luiz, a água da chuva invadiu a rua e uma casa na Rua Anicuns, causando danos materiais, sem vítimas, segundo o Corpo de Bombeiros. A parede de uma residência desabou na Rua do Salmão, no Jardim Atlântico, e a água entrou no local, danificando móveis e eletrodomésticos. O advogado explica que, nesses casos, as vítimas precisam comprovar a falta de escoamento em seus bairros e produzir provas para levar isso até as autoridades. A Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (AMMA) tem colhido reclamações administrativas dessas situações e está analisando-as para determinar o que pode ser feito.

O advogado reforça para que as pessoas produzam provas da falta de manutenção, podendo tirar fotos e realizar filmagens dos locais que se encontram em situações preocupantes. Ele lembra ainda que uma Ata Notorial pode ser solicitada para um cartório, que pode encaminhar um responsável para registrar em documento oficial a situação do da região. “É preciso fazer todos os registros administrativos e jurídicos possíveis e, caso a AMMA ou o município se recusem a resolver a situação, o cidadão pode ainda procurar seus direitos na justiça”, finaliza o advogado.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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