Uma petição online em favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023 ultrapassou 150 mil assinaturas em apenas três dias. Lançada pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), a campanha visa coletar 1 milhão de assinaturas para pressionar o governo a aprovar a anistia. Gayer argumenta que muitas pessoas foram condenadas injustamente, sem nunca terem cometido crimes ou passado por uma delegacia de polícia.
“Temos que passar a mensagem clara de que a maioria da população não aguenta mais ver essas injustiças”, afirmou.
A petição destaca casos como o da cabeleireira Débora Rodrigues, presa há 23 meses por escrever uma frase em uma estátua, e o comerciante Cleriston Pereira Santos, que morreu na prisão apesar de ter pedido liberdade provisória por questões de saúde. A Procuradoria-Geral havia recomendado sua soltura, mas ele permaneceu preso até o fim.
Apoio de outros deputados
O deputado Zé Trovão (PL-SC) também se engajou na campanha, divulgando a petição nas redes sociais. “O Brasil não pode fechar os olhos para a injustiça. Centenas de brasileiros seguem presos injustamente, sem o devido processo legal, sem direitos básicos e sendo tratados como criminosos apenas por se manifestarem”, escreveu.
A petição é parte de uma estratégia mais ampla da oposição para pressionar o governo a discutir a anistia. O novo presidente da Câmara, Hugo Motta, tem sido alvo de críticas da esquerda e da imprensa por seu aceno favorável à discussão da anistia.
Vanessa Vieira, esposa de um dos presos, pediu ‘misericórdia’ a Hugo Motta durante um ato na Câmara. Para assinar a petição, basta acessar o site Change.org e fornecer nome, e-mail e cidade de residência.
Gayer incentiva que as pessoas compartilhem o link nas redes sociais para alcançar o objetivo de 1 milhão de assinaturas.