Petróleo e gás fecham em alta, impulsionados pela crise Rússia-Ucrânia

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (21) em sessão intensamente marcada pelo desdobramentos das tensões geopolíticas na crise entre Rússia e Ucrânia. O preço do gás TFF – usado como referência no continente europeu – saltou 8% diante do potencial de que sanções importadas pela União Europeia à Rússia reduzam ainda mais a oferta de gás para a região.

Já os preços do petróleo – tanto WTI como o Brent – ganharam força e estão buscando suporte psicológico de US$ 100 por barril. Enquanto o WTI está com custo de R$ 92,83, o Brent – petróleo comprando pela Petrobras – teve aumento 1,98% e está sendo vendido a US$ 95,39, na London Metal Exchange (LME).

Toda a decisão de preço recorrer a decisão de Putin em colocar tropas nas regiões separatistas, o que reduziu as esperança dos investidores de uma solução diplomática para as tensões da região, e aumentou os temores de um conflito que vai interromper o fluxo de gás e petróleo.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp