PF aponta Jair, Alexandre e Cid em relatório de golpe: glossário otimizado

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Glossário da PF: Jair, Alexandre e Cid entre mais citados em relatório

Em relatório de mais de 880 páginas a PF apontou evidências que embasaram o
indiciamento de 37 pessoas por supostamente tentarem um golpe.

O afastamento do sigilo de inquérito pelo ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), expôs detalhes de uma trama golpista discutida nos bastidores do governo de Jair Bolsonaro (PL). O golpe, conforme apontaram os investigadores da Polícia Federal (PF), seria consumado no final de 2022 e envolveria o assassinato de
autoridades, como do presidente recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em um relatório de mais de 880 páginas, a autoridade policial descreve uma série de elementos que embasaram o indiciamento de 37 pessoas — lista que inclui o ex-presidente e ministros de governo — pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Levantamento do Metrópoles, com base no relatório elaborado pela autoridade
policial, mostra os principais termos escolhidos pela PF para descrever a trama. Os destaques, sem dúvidas, vão para as diversas citações do nome do
ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, além das várias menções ao envolvimento de militares (veja ranking abaixo).

“A PF, ao decidir pelo indiciamento de Bolsonaro, indicou que o ex-presidente teria planejado e atuado de forma direta no planejamento para impor um golpe de Estado no Brasil. A autoridade policial ainda entendeu que as ações em prol da abolição do Estado Democrático de Direito eram reportadas a ele diretamente ou por intermédio do tenente-coronel Mauro Cid.

A PF reconstitui grande parte da trama a partir de trocas de mensagens e documentos encontrados em equipamentos eletrônicos do militar.

O relatório elaborado pela PF está nas mãos do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que decidirá sobre a apresentação da denúncia. Há, entretanto, outros dois caminhos que o chefe da PGR pode tomar: pedir novas diligências ou arquivar o caso. Uma eventual manifestação do órgão ministerial ao STF deve
ocorrer apenas em 2025, já que são extensos os elementos reunidos pela PF e o
calendário deve ser afetado pelo recesso.

Em caso de oferecimento de denúncia, a decisão se os envolvidos se tornarão réus
caberá à 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O colegiado é composto
pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e
Flávio Dino.

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