O ex-candidato à prefeitura de Belém em 2020, delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota), é um dos alvos da “Operação Mapinguari”, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (14). Ele foi afastado do cargo, por determinação da Justiça Federal.
Uma quantia em dinheiro foi apreendida na casa do delegado, mas o montante não foi informado pela PF. Havia notas de euro, dólar e real. A assessoria de Everaldo Eguchi informou ao G1 que ele não vai se pronunciar sobre a operação.
De acordo com a PF, o vazamento de informações teria sido realizado pelo delegado. Além dele, a operação também teve como alvo seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará. Eles tiveram acesso indevido às informações vazadas, segundo as investigações.
Estão sendo investigados crimes de violação de sigilo funcional, corrupção passiva e ativa, e associação criminosa, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.
Segundo a Polícia Federal, a investigação do vazamento de informações iniciou em 2018 e trata da violação de sigilo funcional ocorrida durante a operação “Migrador”, em Marabá. Ainda segundo a PF, na época o vazamento trouxe prejuízo para investigação porque os investigados tiveram conhecimento antecipado da ação policial e conseguiram fugir.
Eguchi foi o segundo colocado nas últimas eleições municipais, em Belém. Ele tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro, chegou até o segundo turno, mas perdeu com 48,24% dos votos (364.003) para o candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues. O candidato derrotado chegou ao segundo turno após alcançar 23,06% (167.599) no 1º turno das eleições.