PF: Bolsonaro utilizou mais de 300 mensagens e vídeos para contornar STF

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Em meio ao cumprimento de medidas cautelares, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou burlar as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao compartilhar conteúdos da manifestação de 3 de agosto e vídeos relacionados às sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a Polícia Federal (PF), Bolsonaro enviou uma série de mensagens pelo WhatsApp para contornar a ordem judicial. O aparelho apreendido mais recentemente revelou uma quantidade significativa de arquivos compartilhados por Bolsonaro no dia da manifestação em São Paulo, distribuídos em grupos de WhatsApp, com o intuito de descumprir a ordem do STF. O relatório da PF detalha que as mensagens obtidas no telefone de Bolsonaro estão relacionadas a notícias sobre possíveis impactos econômicos das sanções a Moraes, convocações para mobilização de apoiadores, vídeos de Donald Trump e manifestações de autoridades brasileiras. A PF concluiu as investigações sobre a ação de coação no curso da Ação Penal n° 2668, que envolve o ex-presidente e o filho Eduardo Bolsonaro, ambos indiciados por crimes de coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A investigação apurou um suposto golpe de Estado ocorrido no Brasil entre 2022 e 2023, com oito réus, incluindo Bolsonaro, enfrentando acusações de organização criminosa e golpe. Em relação à tentativa de obstrução, Bolsonaro foi identificado pela PF por omitir informações em depoimento, como transferências financeiras feitas a seu filho e à ex-primeira-dama. O ex-presidente teria repassado valores superiores aos informados inicialmente, evidenciando uma estratégia de movimentação de recursos para familiares visando evitar bloqueios judiciais.

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