PF cumpre 100 mandados contra manifestantes de atos golpistas

PF cumpre 100 mandados contra manifestantes de atos golpistas

Na manhã desta quinta-feira, 15, a Polícia Federal (PF) realiza uma operação contra manifestantes bolsonaristas que participaram de atos antidemocráticos. O órgão cumpre 100 mandados em sete estados diferentes mais o Distrito Federal. Esta é a maior operação já realizada pela PF contra financiadores golpistas.

Os atos de golpistas pró-Bolsonaro

Desde que o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para Lula (PT), apoiadores do ex-militar foram às ruas com a alegação de que houve fraude nas urnas. Apesar de comprovações de diferentes órgãos, inclusive das Forças Armadas, de que não ocorreu nenhum tipo de irregularidade, os golpistas começaram a bloquear estradas como forma de protesto.

A situação escalou ainda mais na última terça-feira, 13, quando manifestantes bolsonaristas realizaram atos violentos em Brasília, queimando carros e ônibus. Com isso, o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral e Supremo Tribunal Federal, intensificou o inquérito contra esses atos antidemocráticos.

Agora, a PF realiza 100 mandados de busca e apreensão contra golpistas que se envolveram no bloqueio das estradas e em protestos nos quartéis. Empresários que promoveram ou financiaram essas manifestações também são alvos.

“As medidas estão sendo cumpridas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal, em face de pessoas físicas e jurídicas identificadas pelas forças federais e locais de Segurança Pública”, informou a PF em nota oficial.

Além de mandados de prisão, foram expedidos quebra de sigilo bancário e de bloqueio de contas de dezenas de empresários.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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