PF indicia mais 3 militares em trama golpista

PF Indicia Mais 3 Militares em Trama Golpista

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira, 11, mais três militares no inquérito que investiga o plano de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com esses novos indiciamentos, o total de investigados no caso chega a 40, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.

Os novos indiciados são Aparecido Andrade Portela, Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo. Aparecido Portela, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), é apontado como intermediário entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul no final de 2022.

Proximidade com Jair Bolsonaro

Portela visitou o Palácio do Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022, reforçando sua proximidade com Bolsonaro, com quem serviu em Nioaque (MS) nos anos 1970. Em mensagens trocadas com Mauro Cid, Portela usou o codinome “churrasco” para se referir ao golpe de Estado e mencionou que financiadores estavam cobrando a execução da “ruptura institucional”.

Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército e ex-chefe de gabinete do secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes, é acusado de disseminar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação. Abreu manipulou relatórios das Forças Armadas para alinhar com as informações falsas divulgadas pelo argentino Fernando Cerimedo.

Ele também repassou informações sobre o deslocamento do ministro Gilmar Mendes em novembro de 2022 e imprimiu um documento intitulado “Gabinete de Crise” no Palácio do Planalto, que seria utilizado para assessorar Bolsonaro após a concretização do golpe.

Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp), é acusado de integrar o núcleo operacional do plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Azevedo utilizou celulares e chips anonimizados e foi associado a um número de telefone com o codinome “Brasil”.

A análise de dados telefônicos revelou que aparelhos vinculados a esse codinome estavam próximos à residência de Azevedo em Goiânia após a data da tentativa de assassinato. Os indiciamentos serão analisados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e a previsão é que em fevereiro o procurador-geral, Paulo Gonet, apresente as denúncias contra aqueles que ele entender que têm culpa na trama golpista ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

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Policial, segurança e instrutor presos por roubo de celular de adolescente suspeito de envolvimento com político

Policial, segurança e instrutor de tiros são presos suspeitos de roubar celular
de adolescente que teria tido envolvimento íntimo com parlamentar

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.
Polícia detalha que suspeitos buscavam apagar imagens, vídeos e conversas entre
o adolescente e o político.

1 de 1 Homem preso em operação que investiga roubo contra adolescente e arma
apreendida, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Homem preso em operação que investiga roubo contra adolescente e arma
apreendida, em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma operação cumpriu, nesta segunda-feira (12), mandados contra um policial
militar, um instrutor de tiros e um segurança particular suspeitos de roubar os
celulares e ameaçar um adolescente que teria tido um envolvimento íntimo com um
parlamentar, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De
acordo com a Polícia Civil, os suspeitos buscavam apagar imagens, vídeos e
conversas entre o adolescente e o parlamentar.

Os nomes dos detidos e do político não foram divulgados pela Polícia Civil.

O advogado Clécio Teles, que representa o policial militar preso, negou o
envolvimento do cliente no roubo dos celulares do adolescente. Ao DE, a Polícia Militar informou
que foi acionada para prestar apoio à Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia no cumprimento de um mandado de
prisão do PM e que acompanhou todas as etapas do procedimento, “incluindo a
condução e transferência do detido ao Presídio Militar, respeitando
rigorosamente os trâmites legais estabelecidos”.

DE não conseguiu contato com
a defesa dos demais detidos até a última atualização desta reportagem.

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polícia

O caso é investigado pela delegada Sayonara Lemgruber. De acordo com a polícia,
o roubo contra o adolescente aconteceu em novembro deste ano. Na ocasião, os
três investigados foram em um carro até a casa do adolescente e, dentro do
carro, teriam ameaçado, roubado os celulares e exigido que o garoto informasse a
senha da nuvem de armazenamento para que o conteúdo dos aparelhos do
adolescente.

> “Supostamente para a finalidade de apagar mensagens, vídeos dessa suposta
> relação pessoal entre o adolescente e o indivíduo politicamente exposto”,
> completou a delegada.

Além dos três mandados de prisão temporária, que têm duração de 30 dias, foram
cumpridos três mandados de busca e apreensão contra os investigados.

A delegada informou que investiga o envolvimento do adolescente com o político.
Segundo ela, a apuração corre em sigilo.

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