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PF investiga empresa por pagar propina a médicos do SUS, em Goiás

Última atualização 03/06/2022 | 14:50

Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de Goiânia e Rio Verde estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF), suspeitos de receberem pagamentos irregulares de uma empresa para usarem próteses e materiais especiais vendidos por ela. A PF, inclusive, cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades, nesta sexta-feira (3), para conseguir provas que ajudem na investigação.

A operação batizada de “Operação Disritmia”, constatou que em grande parte dos casos, a empresa fornecedora de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs) e uma outra pessoa jurídica vinculada aos investigados simulavam um contrato de prestação de serviços de consultoria, na tentativa de dar aparência de licitude aos pagamentos realizados aos profissionais de saúde corrompidos.

Durante as investigações, foi localizada uma planilha contendo a descrição de pagamentos (valores, mês de referência, forma de pagamento e dados qualificativos do beneficiário) feitos pela empresa a médicos cardiologistas situados em Goiás. Sendo que essa planilha se encontrava armazenada no e-mail do representante da empresa, cujo sigilo foi judicialmente quebrado.

Em sequência, foram encontrados e-mails trocados por este representante da empresa com alguns médicos listados na planilha, cujo conteúdo denota o recebimento de valores entre 2012 e 2015 por pacientes atendidos e nos quais foram implantados OPMEs da empresa.

Cerca de 25 policiais federais estão cumprindo 6 (seis) mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em Goiânia. Os crimes investigados são os previstos nos artigos 312 (peculato), 317 (corrupção passiva), 299 (uso de documento falso), 288 (associação criminosa) e 333 (corrupção ativa) do Código Penal.

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