PF investiga influenciadores envolvidos em contrabando de eletrônicos

A Polícia Federal (PF) está investigando um grupo de influenciadores digitais de Goiás por sua participação em uma rede criminosa de contrabando de eletrônicos. Segundo a organização, os influenciadores ensinavam seus seguidores, através das redes sociais, como burlar as fiscalizações para importar produtos eletrônicos de forma clandestina, principalmente do Paraguai.

A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 28, e visa desarticular a organização criminosa que pode ter gerado um prejuízo estimado de R$ 80 milhões aos cofres públicos. Os influenciadores, que ostentavam uma vida de luxo com o dinheiro obtido ilegalmente, ofereciam cursos e dicas sobre como importar esses produtos sem passar pelas autoridades fiscais.

A ação cumpriu 76 mandados judiciais em Goiás, Amazonas, Mato Grosso e Tocantins. Na ocasião, a Polícia Federal e a Receita Federal flagraram transportadores com carregamentos de eletrônicos importados sem o pagamento de tributos, vindo do Paraguaia, e que seriam entregues em Goiânia, Anápolis, Palmas, Manaus e Confresa.

As investigações poderão responder por crimes de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.

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Polícia desativa IPTV pirata com faturamento de R$ 1,5 bilhão por mês

Uma operação internacional coordenada pelo Serviço de Polícia Postal e de Segurança Cibernética da Itália desativou uma plataforma de IPTV pirata que faturava cerca de 250 milhões de euros por mês, o equivalente a R$ 1,55 bilhão. O esquema criminoso redistribuía sinais de plataformas como Sky, DAZN, Netflix e Amazon Prime Video sem autorização, alcançando mais de 22 milhões de assinantes ao redor do mundo.

A Operação Taken Down, realizada em parceria com Europol, Eurojust e autoridades de diversos países, desativou cerca de 2.500 sites e apreendeu servidores localizados na Romênia e em Hong Kong. Estima-se que o prejuízo anual causado às empresas afetadas chegue a 10 bilhões de euros (R$ 61,4 bilhões).

Com 89 mandados de busca na Itália e 14 em países como Reino Unido, Suécia e China, a operação desmantelou uma organização transnacional composta por 102 suspeitos. Durante as ações, foram confiscados mais de 1,65 milhão de euros (R$ 10,1 milhões) em criptomoedas, 40 mil euros (R$ 246 mil) em espécie e equipamentos utilizados no esquema.

As investigações, que duraram dois anos, revelaram o uso de ferramentas como mensageiros criptografados e documentos falsos para dificultar a identificação dos envolvidos. Os suspeitos enfrentarão acusações que incluem acesso não autorizado a sistemas, transmissão ilegal de conteúdo, fraude digital e lavagem de dinheiro.

A ação foi considerada uma das maiores ofensivas contra IPTV pirata nos últimos anos, marcando um golpe significativo contra esse tipo de crime organizado.

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