A operação cumpre cinco mandados de busca e apreensão, com mandados inclusive na sede da SEMAS
A Policia Federal (PF) em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura de Goiânia (SEMAS) deflagrou nesta terça-feira (27), a operação Grande Família, que investiga irregularidades no programa bolsa família na capital.
Segundo os dados divulgados, servidores da secretaria estariam acessando o sistema para alterar dados cadastrais e incluir pessoas que não preenchiam os requisitos necessários para receber o benefício. De acordo com as informações divulgadas pela PF, em um único endereço, pelo menos 13 famílias que não tinham as qualificações para receber o Bolsa Família estavam cadastradas no programa. A operação cumpre cinco mandados de busca e apreensão, com mandados inclusive na sede da SEMAS. Os servidores investigados podem responder pelos crimes de estelionato e inserção de dados falsos em sistema de informações, e as penas podem chegar até 12 anos de prisão.
Em julho deste ano, o programa foi reajustado no Estado em 5,67%, subindo de R$ 177,71 para R$ 187,79. As mudanças foram anunciadas pelo Governo Federal, e o aumento no valor representa um investimento de R$ 2,9 milhões na folha de pagamento do programa. Somente em Goiás, mais de 300 mil famílias recebem o benefício do governo. No mês de junho, quase R$ 45 milhões foram destinadas às famílias de Goiás, o incremento terá impacto de R$ 251,3 mil ao mês. O reajuste não é exclusividade de Goiás, em todo o país, o governo deve gastar cerca de R$ 684 milhões a mais com esse reajuste.
O programa foi criado em 2004 durante o primeiro governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), por meio da lei número 10.836, que unificou o Programa Nacional de Acesso à Alimentação (PNAA) do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O Bolsa família uniu outros programas do governo de FHC, como Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Auxílio-Gás e Cadastramento Único do Governo Federal.