PF nega que corpos de Dom e Bruno tenham sido encontrados

Em nota divulgada no final da manhã desta segunda-feira, 13, a Polícia Federal (PF) informou que os corpo do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips não foram haviam sido encontrados até aquele momento. Horas antes, a mulher do jornalista informou ao Globo News que a Embaixada Brasileira e a Polícia Rodoviária Federal tinha a ligado, avisando que ambos tinham sido localizados.

“Não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips”, diz a nota.

Segundo o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal no Amazonas, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e pertences pessoais. Uma mochila com pertences do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico foram encontrados no domingo, 12, na mesma área. Não existem detalhes sobre o material genético encontrado.

“Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados”, diz o texto da nota.

Desaparecimento

Dom Phillips e Bruno Pereira estão desaparecidos desde domingo, 5. O desaparecimento foi informado pela Organização Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Segundo a organização, jornalista e indigenista sairam da comunidade ribeirinha de São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, ambos no estado do Amazonas. A viagem costuma a durar duas horas, mas nenhum dos dois chegou ao local.

Amarildo da Costa Oliveira, suspeito de participar do desaparecimento, foi preso na última terça, 7, por posse de drogas e muniçã de uso restrito. Ele nega ter envolvimento com o caso.

Confira a nota da PF:

“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr Bruno Pereira e do Sr Dom Phillips. Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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