PF Prende Braga Netto por Atrapalhar Investigações de Golpe de Estado

PF Prende Braga Netto por Atrapalhar Investigações de Golpe de Estado

Na manhã de sábado, 14 de dezembro de 2024, a Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. A prisão ocorreu em sua residência no Rio de Janeiro, especificamente em Copacabana.

Braga Netto é um dos alvos do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. De acordo com as autoridades, ele estava atrapalhando as investigações e a livre produção de provas durante a instrução do processo penal.

Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão de Braga Netto, a PF também realiza buscas na casa do general.

Após a prisão, Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército. Antes de sua candidatura em 2022, Braga Netto ocupou os cargos de ministro da Casa Civil e da Defesa. Em 2018, ele comandou a intervenção federal na segurança do estado do Rio de Janeiro.

A operação da Polícia Federal visa evitar a reiteração de ações ilícitas e garantir a continuidade das investigações sem interferências.

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Promotoria denuncia policiais militares por chacina e desaparecimento de adolescente em Goiás

O Ministério Público de Goiás denunciou quatro policiais militares acusados de matar dois jovens e dois adolescentes em Goiânia há seis anos. Entre as vítimas está João Vitor Mateus de Oliveira, de 14 anos, cujo corpo nunca foi encontrado. O caso, conhecido como “chacina Solar Bougainville”, ocorreu no bairro de mesmo nome.

Segundo a denúncia, três das vítimas – Marley Ferreira Nunes, de 17 anos, Matheus Henrique de Barros Melo, de 19, e Divino Gustavo de Oliveira, também de 19 – foram mortos dentro da casa da avó de Matheus enquanto jogavam videogame. João Vitor, que também estava na residência, teria sido levado pelos policiais e morto em uma mata localizada a 2,4 km do local.

Os policiais denunciados são Fabrício Francisco da Costa, Thiago Antonio de Almeida, Éder de Sousa Bernardes e Cledson Valadares Silva Barbosa, integrantes do Batalhão de Choque da PM na época.

À época dos fatos, os policiais alegaram que foram até a residência verificar a presença de um carro roubado e que houve troca de tiros, o que, segundo eles, justificou a ação. No entanto, a Promotoria contesta essa versão, afirmando que a perícia não encontrou indícios de confronto.

João Vitor, desaparecido desde o dia do crime, teria sido levado da casa pelos policiais, segundo testemunhas. Durante as investigações, foram encontrados um par de chinelos e parte do celular que ele usava em uma mata no Residencial Forteville, além de projéteis de arma de fogo. A Promotoria suspeita que o adolescente foi morto para que não testemunhasse contra os policiais.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás afirmou que o caso está sob análise do Poder Judiciário e destacou seu compromisso com a transparência e a legalidade.

O caso segue sob investigação judicial.

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