Acionista do Atlético-MG é preso pela PF depois de anunciar venda de banco
Daniel Vorcaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em São
Paulo
PF prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master
DE prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master
A Polícia Federal prendeu, nessa segunda-feira, Daniel Vorcaro, dono do Banco
Master e um dos acionistas do Atlético-MG, na cidade de
Guarulhos. Ele estaria tentando deixar o país em um avião particular. Após ser
preso, ele foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. A defesa dele
não foi localizada pela reportagem.
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A prisão aconteceu um dia após um consórcio liderado pelo grupo de investimento
Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master, de propriedade de
Vorcaro.
Na manhã desta terça, o Banco Central emitiu um comunicado decretando a
liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos
controladores e dos ex-administradores da instituição.
O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados
Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa
do Master, que passa por dificuldades financeiras. A compra ainda precisaria da
aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica, o Cade.
ORIGEM DE INVESTIMENTO NO GALO É INVESTIGADA
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vem investigando dois fundos de
investimento, que deram origem a valores utilizados por Daniel Vorcaro para
adquirir parte da SAF do Atlético. O inquérito é um desdobramento da Operação
Carbono Oculto.
O aporte feito por Vorcaro, para comprar ações da Galo Holding, está sob
suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio do Primeiro Comando da
Capital (PCC), uma das principais organizações criminosas do país (clique aqui e
saiba mais).
Entre 2023 e 2024, Daniel Vorcaro investiu cerca de R$ 300 milhões, de forma
parcelada, para adquirir 20,2% da SAF do Atlético, formando o fundo Galo Forte
Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP).
Atualmente, Vorcaro só fica atrás da família Menin (Rubens e Rafael), que detém
41,8% das ações, e da Associação do clube, com 25%. O Atlético não é alvo da
investigação do Ministério Público. A assessoria alvinegra informou, em nota,
não ter conhecimento de irregularidades.
“O Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia é um
veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de
Valores Mobiliários (‘CVM’), sob administração da Trustee Distribuidora de
Títulos e Valores Mobiliários LTDA. A Trustee é uma empresa igualmente
registrada perante a CVM. Referido fundo figura como acionista da Galo Holding
S.A., contexto no qual o Atlético não tem conhecimento de quaisquer
irregularidades.”
ATUAL DIVISÃO DA SAF DO ATLÉTICO:
Associação do clube: 25%
Galo Holding (acionistas): 75%
Rubens e Rafael Menin: 41,8% (55,7% da Galo Holding)
Galo Forte FIP (Daniel Vorcaro): 20,2% (26,9% da GH)
Ricardo Guimarães: 6,3% (8,4% da GH)
FIGA: 6,7% (9% da GH)
OPERAÇÃO DA PF
A PF tinha uma operação prevista para esta terça, mas a prisão de Vorcaro foi
antecipada diante da situação. No total, a operação Compliance Zero cumpre sete
mandados de prisão e 25 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
O objetivo é combater a emissão de títulos de crédito falsos por instituições
financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional. As investigações tiveram
início em 2024, após requisição do Ministério Público Federal, para investigar a
possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição
financeira.
Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco
Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada. São
investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização
criminosa, entre outros.




