PF prende funcionários do Aeroporto de Guarulhos, em SP, por tráfico de drogas

PF prende funcionários do Aeroporto de Guarulhos, em SP, por tráfico de drogas

A Polícia Federal (PF) está realizando uma operação internacional de combate ao tráfico de drogas, envolvendo funcionários terceirizados do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo as investigações, os investigados trabalhavam na área de pista do aeroporto com os carrinhos que dão acesso à aeronave. Eles colocavam as malas com as drogas direto no porão, escapando da fiscalização e do Raio-X da polícia.

Os policiais também informaram que, até o momento, 14 pessoas já foram presas, em diversas regiões, incluindo a Capital, Sorocaba, Praia Grande, Guarulhos e até em Portugal. Também foram realizados 23 mandados de prisão preventiva e outros 24 de busca e apreensão na Capital. Das 47 pessoas, 18 são funcionários do próprio aeroporto. 

Traficantes do PCC aliciavam funcionários 

Também estão sendo investigados dois grandes traficantes de drogas ligados à facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), que estavam aliciando funcionários do aeroporto. 

Segundo os policiais, os traficantes. que chefiavam o envio de cocaína do Brasil para a Europa por meio do terminal, já eram monitorados pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da PF.

A Justiça determinou buscas em 24 endereços e o bloqueio de R$53 milhões em bens dos envolvidos, como dinheiro em conta, imóveis, veículos e aplicações financeiras. 

Apreensão 

Durante a investigação, que durou um ano e dois meses, foram apreendidos 880 kg de cocaína em nove operações. Três foram no aeroporto de Guarulhos, duas em Lisboa (Portugal), uma em Frankfurt (Alemanha) e três em Amsterdam (Holanda), com prisões efetuadas em Frankfurt e Lisboa.

Já os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas que variam de 10 a 25 anos de prisão.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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