Press "Enter" to skip to content

PF prende grupo por fraude no seguro-desemprego, com prejuízo de R$ 11 mi

Última atualização 04/10/2023 | 12:13

Nesta quarta-feira, 4, sete pessoas são alvos de mandados judiciais de prisão perpetrados pela Polícia Federal em sete municípios, entre eles Jataí, na região sudoeste de Goiás. As prisões acontecem no âmbito da Operação RedeX que foi deflagrada para coibir fraudes para obtenção e recebimento do seguro-desemprego, o benefício do Governo Federal que garante assistência financeira temporária ao trabalhador após dispensa por parte do empregador.

No total, são 21 mandados judiciais expedidos pela 5ª Vara Federal Criminal de Goiânia, sendo 7 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão. Além de Jataí, os mandados são cumpridos também nas cidades de Cuiabá (MT), Sinop (MT), Macapá (AP0, Parauapebas (PA), Redenção (PA) e São Luís (MA).

Investigação

De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações começaram em outubro de 2022, quando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de vários benefícios do seguro-desemprego, com atuação de servidores públicos e pessoas de diversos estados brasileiros. O grupo recrutava servidores públicos com vínculo do Sistema Nacional de Emprego (SINE), prometendo pagamento de propina em troca de que inserissem informações falsas no sistema do MTE.

Com isso, as parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a “laranjas” que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos membros do grupo criminoso. A Polícia Federal informou que as investigações apontam que foram feitos 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, o que causou um prejuízo no valor de mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

“Um servidor público temporário vinculado ao SINE foi preso na cidade de Jataí e um mandato de busca e apreensão também foi cumprido na mesma cidade. A investigação continua e terá desdobramento, com certeza. Cumprimos em cinco estados da federação, isso não significa que a fraude ocorreu somente em cinco estados. Cumprimos em cinco para não ficar uma operação gigante e a gente conseguir processar depois”, explicou o delegado de Polícia Federal, Mário Sérgio.

Em razão disso, a operação deve continuar para investigar o envolvimento de mais pessoas na fraude. “Tanto os laranjas, essas pessoas interpostas, quanto os servidores públicos que receberam propina para o fornecimento dessa senha pessoal, com certeza chegaremos até essas pessoas”, afirma o delegado responsável pela operação.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa ou organização criminosa.