PF prende quadrilha que fraudava boletos e invadia site de bancos

A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta quinta-feira (11), uma quadrilha que fraudava boletos e invadia sites de instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal. A ação aconteceu por meio da operação O Grande Irmão e estima-se que o prejuízo causado a clientes e bancos chegue a R$ 3 milhões. Os policiais cumprem estes mandados tanto em Goiânia quanto em Trindade, além do Distrito Federal e de Catanduva, em São Paulo.

O desvio de metade desse valor já foi comprovado pela PF, mas, segundo o Superintendente Regional da corporação em Goiás, Umberto Ramos Rodrigues, a suspeita é de que os prejuízos superem os R$ 3 milhões pela média que a organização criminosa aplicava os golpes e o tempo que mantinha o “negócio”.

De acordo com as investigações, o grupo atuava desde 2012. Eles invadiam sites de bancos para inserir créditos em cartões de débito pré-pagos, utilizando-os depois para saques e compras. Segundo delegado da polícia federal, Fernando Paganelli, a quadrilha levava uma vida luxuosa e ostentavam bens e viagens em redes sociais.

Outra fraude realizada eram transferências para contas particulares e de empresas das quais eram sócios, além de fraudes e alterações digitais em boletos, desviando pagamentos. “O que chama a atenção é a capacidade [dos criminosos] de iludir as pessoas que querem honrar uma dívida já vencida e acabam sendo ludibriadas, depositando esses valores nas contas operadas pela organização”, aponta Fernando Paganelli.

A operação O Grande Irmão contou com a atuação de 60 agentes para cumprir 21 mandados, sendo 10 de busca e apreensão, nove de prisão temporária e dois de condução coercitiva. “As pessoas que foram vítima de algumas dessas ações devem procurar a instituição financeira relativa ao pagamento do boleto e comprovar a falsidade do documento, para pagamento de reembolso”, aconselha o superintendente da PF em Goiás.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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