PF troca superintendente no Amazonas que pediu investigação contra Salles

Nesta quinta-feira, 15, a direção da Polícia Federal decidiu substituir o superintendente do Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva, que enviou ao  Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de investigação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. De acordo com fontes da PF, Saraiva foi informado ontem à tarde sobre a substituição. Na noite de ontem, 14,  o delegado enviou ao Supremo o pedido de investigação contra Salles. Apesar da boa relação com Bolsonaro, que já tentou indicar Saraiva para comandar a Superintendência da PF no Rio de Janeiro, o delegado entrou em conflito com o ministro do Meio Ambiente nos últimos dias.

No oficio encaminhado ao STF ontem, Saraiva apontava que Salles atuou para obstruir uma investigação que apreendeu madeira ilegal. Em entrevista à GloboNews hoje, 15, o delegado afirmou não ter sido ainda informado sobre sua saída da Superintendência e fez críticas a Ricardo Salles.

“Não é todo dia que o superintendente faz isso [levar a notícia crime ao STF], mas também não é todo dia que um ministro de outra pasta promove a defesa de infratores ambientais”, disse Saraiva.

Saraiva deve ser substituído pelo delegado Leandro Almada, que já atua na região do Amazonas. Anteriormente, ele participou do  inquérito sobre a obstrução da investigação do homicídio da vereadora Marielle Franco e confirmou que houve trâmites para dificultar a investigação.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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