PIB de Goiás cresce 1,4% no segundo trimestre

Levantamento do Instituto Mauro Borges (IMB) aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2017, enquanto o do País obteve crescimento de apenas 0,3%, em comparação ao mesmo período de 2016. No informe técnico divulgado no site www.imb.go.gov.br, o instituto mostra que a agropecuária foi o setor responsável por manter a variação positiva em Goiás, e nula no Brasil. A avaliação faz comparações entre o segundo trimestre e o primeiro semestre deste ano e de 2016.

Conforme o IMB destaca no levantamento, em relação ao primeiro semestre, a agropecuária desempenhou importante papel de contrapeso e foi o destaque entre os setores, com crescimento de 22,4%, em razão do expressivo aumento do volume de produção, principalmente de milho. A agropecuária brasileira, por sua vez, cresceu 14,9% no primeiro semestre. “O resultado em Goiás reflete a importância da agropecuária”, observa a análise do instituto.

Ainda no primeiro semestre, Goiás avançou 1,0% no PIB, enquanto o Brasil experimentou recuo de 0,4%. A projeção do IMB para o Estado era de crescimento de 0,2%. Portanto, houve considerável superação da expectativa. A agropecuária, que passou de uma elevação de 8,6% no primeiro trimestre para 22,4% na avaliação semestral, é a responsável pela variação positiva do PIB.

Outros dois setores apresentaram crescimento: a indústria de alimentos, que representa quase metade da indústria de transformação no Estado, acumulou alta de 3,3% no primeiro semestre. A indústria de farmoquímicos e produtos farmacêuticos encerrou o primeiro semestre com salto de 39,7%.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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