PIB de Goiás cresce 4,4% em 2023 e fica acima da média nacional

O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, soma de todos os bens e serviços produzidos, fechou o ano de 2023 com o maior valor da história. O montante de R$ 336,7 bilhões representa um crescimento de 4,4% em relação ao obtido em 2022 (R$ 321,8 bilhões). A projeção é do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) e foi divulgada pelo governador Ronaldo Caiado, em Goiânia, nesta quarta-feira ,27. O estado também deve ficar acima da média nacional para o mesmo período.

“Estamos colocando Goiás no patamar que ele merece. Criamos uma mentalidade, uma conduta de atingir metas cada vez mais altas. Por isso, a gente busca dar liberdade econômica ao estado, facilitar a vida do empresário, diminuir a burocracia e dar eficiência, atendendo aqueles que geram emprego”, afirmou Caiado. Ao comemorar o resultado, ele ainda reforçou que trabalha para que Goiás seja “não só um estado competitivo, mas com a melhor qualidade de vida para a população”.

No ano passado, a produção goiana registrou um incremento de R$ 26,5 bilhões e os três setores pesquisados tiveram desempenho positivo. O destaque foi para a agropecuária, com alta de 12,9%. Em segundo lugar ficou a indústria, com 3,8% e, por último, o setor de serviços, com 2,2%. Este é responsável por quase 60% da economia local e inclui desde limpeza, atendimento ao consumidor, transporte e beleza até finanças de modo geral.

Se confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de 4,4% de avanço no PIB estadual estará acima da média para o Brasil no mesmo período, que é de 2,9%. Ainda, será a segunda vez consecutiva que isso ocorre, já que o indicador avançou 6% por cento em 2022, enquanto o Brasil ficou com 2,9%. “São dados embasados, consistentes e confiáveis. Não tem nenhum achismo”, salientou Caiado.

Ainda de acordo com o IMB, Goiás registrou, em 2023, a maior participação histórica no PIB do país: 3,1%. “É uma tendência que vinha se apresentando desde 2018, e agora, em 2023, nós temos a maior participação do PIB nacional da nossa história”, comentou o diretor-executivo Erick Figueiredo. Em outra frente, houve redução do chamado “Custo Goiás”, o custo médio estimado para abertura e manutenção de empresas.

Para o setor produtivo, as informações confirmam que Goiás possui um ambiente seguro para os negócios. “A indústria está feliz, está crescendo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel. “Caiado tem conseguido destaque a nível nacional não é por acaso. É um governador amigo e parceiro do setor produtivo”, acrescentou Márcio Silva, presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias de Goiás (Facieg).

Emprego e renda

O avanço do PIB tem reflexo direto na geração de emprego e renda, o que também é verificado por meio de pesquisas. Em dezembro, o número de pessoas ocupadas no estado chegou à marca de 3,8 milhões de trabalhadores, melhor resultado da história. Além disso, o índice de desocupados no ano passado foi o menor desde 2015, com apenas 5,6%. Já a renda média das famílias cresceu 24,6%, fechando em R$ 2.017 mensais, terceiro melhor resultado do país. Os dados são do IBGE.

Ações

Em 2023, somente o Programa Mais Emprego, do Governo de Goiás, encaminhou mais de 70 mil pessoas para vagas de trabalho, por meio das unidades do Sine e de feirões em todo estado. Outras 21 mil passaram por cursos de qualificação profissional nas Escolas do Futuro. A agência GoiásFomento financiou R$ 33,8 milhões em empréstimos, por meio de 834 operações. E o programa de incentivos fiscais PróGoiás aprovou 35 projetos, gerando 489 empregos diretos e R$ 107 milhões em investimentos.

Indicadores Econômicos de Goiás – 2023

PIB: 4,4% (R$ 336,7 bilhões)
Indústria: 3,8%
Agropecuária: 12,9%
Serviços: 2,2%
Participação no PIB nacional: 3,1%
Fonte: IMB

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Câmara aprova pacote de corte de gastos de Lula

Câmara Aprova Pacote de Corte de Gastos de Lula

A Câmara dos Deputados aprovou o primeiro texto do pacote de corte de gastos proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida, que obteve 318 votos favoráveis e 149 contrários, é parte de um esforço mais amplo para conter as despesas públicas e garantir o equilíbrio orçamentário.

O projeto, conhecido como Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/2024, estabelece restrições à concessão de créditos tributários em situações de déficit e amplia o poder do Executivo para suspender emendas parlamentares, evitando gastos excessivos. Essa iniciativa é a primeira de quatro propostas legislativas que visam economizar R$ 375 bilhões até 2030.

As principais mudanças incluem a limitação do aumento de gastos com pessoal e a autorização para bloqueio e contigenciamento de emendas parlamentares. Além disso, o governo poderá usar saldos de fundos nacionais para abater a dívida pública. Essas medidas buscam racionalizar os gastos públicos e priorizar o equilíbrio orçamentário em meio a desafios econômicos.

A aprovação do pacote fiscal influencia diretamente outras votações essenciais na Câmara, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2024, que propõe cortes graduais no acesso a benefícios e alterações em fundos como o Fundeb.

Após a aprovação, o projeto seguirá para votação no Senado, onde pode sofrer alterações. A equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera essa aprovação um passo importante para a gestão de recursos públicos.

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