PIB goiano avança 3,4% no segundo trimestre

No segundo trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) goiano apresentou variação positiva de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado se deve à variação interanual, sem ajuste sazonal, que ficou positiva nos três meses que compõem o período.

A alta é puxada pelo crescimento da agropecuária, principalmente pela estimativa do aumento de produção de soja e de milho. A indústria também encerrou o trimestre com taxa positiva, influenciada pelo resultado da indústria de transformação.

No acumulado do ano, o PIB goiano manteve um crescimento positivo de 3,1%, enquanto que, no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 4,5%. As informações constam no boletim sobre a Conjuntura Econômica de Goiás, divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), jurisdicionado à Secretaria-Geral de Governo (SGG).

“Os avanços obtidos na agropecuária e nos setores da indústria e serviços são reflexos do empenho da gestão para promover a manutenção e o fomento do cenário econômico em Goiás. O Governo de Goiás continuará empreendendo esforços para fortalecer ainda mais a economia do Estado”, ressalta o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

COMÉRCIO EXTERNO

No comércio externo, Goiás manteve superávit na balança comercial com saldo positivo para os três meses do período em análise. A maior parcela da pauta exportadora é proveniente da soja. Por outro lado, produtos farmacêuticos representaram a maior parte da pauta de importações.

No segundo trimestre de 2023, o estado exportou um total de US$ 4,167 bilhões, valor 44% superior ao trimestre anterior. Goiás manteve a 8ª colocação entre as unidades da federação que mais exportaram. Por outro lado, o estado importou um valor de US$ 1,248 bilhão, sendo 76,16% maior que no trimestre anterior. Dessa maneira, foi gerado um saldo de US$ 2,919 bilhões na balança comercial.

INFLAÇÃO

Foi observado que a inflação das famílias com renda de até cinco salários mínimos, mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no segundo trimestre de 2023, foi menor em Goiás (com base no INPC de Goiânia) quando a taxa é comparada à média nacional.

O resultado é explicado pela ocorrência de preços menores, principalmente, nos grupos de Alimentação e Bebidas (-1,33%) e Transportes (-1,04%).

O cenário de preços de produtos e serviços, conforme o INPC, foi pressionado, também, por outros dois grupos que encerraram o trimestre com taxas negativas: Artigos Residenciais (-0,82%) e Comunicação (-0,26%). Os demais grupos acumularam variações positivas, sendo os maiores registros em Saúde e Cuidados Pessoais (2,81%), Vestuário (1,34%), Despesas Pessoais (1,31%), Habitação (0,95%) e Educação (0,08%).

A inflação para famílias com até 40 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de Goiânia, também foi inferior ao mesmo índice de preços nacional para o trimestre em questão.

PIB GOIANO

A série histórica do PIB goiano aponta que a média para o primeiro semestre de 2023 apresentou o maior valor para todos os semestres da série histórica, tanto com ajuste sazonal como sem ajuste sazonal. Em relação aos índices referentes aos setores, os destaques são agropecuária e serviços.

“Os dados mostram que Goiás vem alcançando altas históricas e que a economia goiana está em constante avanço. O crescimento do PIB goiano evidencia essa nossa tendência de crescimento”, salienta o diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, ao celebrar os resultados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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