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PIB goiano recua menos do que a média nacional

Última atualização 24/03/2017 | 08:44

Dados compilados pelo Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento, mostram que a economia goiana conseguiu suportar as intempéries do cenário nacional e teve um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo da média brasileira. Segundo o IMB, o PIB goiano encolheu 2,7% em 2016, no comparativo com 2015, enquanto a prévia do Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou um tombo de 3,6%, marcando a maior recessão da história no País.

A política de austeridade fiscal, a manutenção dos investimentos e as missões comerciais do Governo do Estado colaboraram para que, mesmo com retração, o PIB goiano tivesse desempenho bem melhor do que o observado em outras unidades da federação. Dos quatro Estados que já divulgaram o resultado do produto em 2016, Goiás foi o que sofreu o menor impacto da crise. O Espírito Santo foi o que mais encolheu, com queda de 12,2% do PIB. Bahia (-4,9%) e São Paulo (-3%) foram os outros Estados que já fecharam os cálculos de 2016.

Os dados divulgados pelo Instituto Mauro Borges mostram que o setor agropecuário foi o responsável por segurar a economia goiana em 2016, fechando o ano com crescimento de 0,6%. A recuperação do setor foi especialmente significativa no quarto trimestre, com alta de 4,9%. Enquanto isso, em todo o Brasil, a agropecuária recuou 6,6% no período.

Puxaram o bom desempenho do setor em Goiás a soja, que aumentou 18,9%, o feijão (19,3%) e o tomate (7,2%). A pecuária teve recuo de 0,8% devido ao longo período de estiagem e o aumento dos custos de produção.

Na contrapartida do crescimento da agropecuária, a indústria teve desempenho negativo de 3,7% e os serviços, de 2,9%. O setor industrial vem registrando quedas desde 2015. Contudo, demonstrou recuperação em janeiro de 2017, quando, segundo o IBGE, teve o segundo maior crescimento do Brasil, com alta de 2,4% em relação a dezembro e de 8,5% no comparativo com janeiro de 2015.

O setor de serviços, também influenciado pela conjuntura econômica nacional que provocou desemprego e recuo na massa de salários pagos aos trabalhadores ocupados, fechou o ano passado com queda de 2,9%. Porém, também segundo o IBGE, o setor reagiu no primeiro bimestre de 2017, com a geração de 5.916 novos postos de trabalho com carteira assinada em Goiás.

Perspectiva
A estimativa preliminar do IMB/Segplan aponta que os valores correntes do PIB de Goiás chegaram a R$ 178,9 bilhões em 2016. Para 2017, a perspectiva é de um cenário mais favorável, com a alta nos preços das commodities, a recuperação da produção agrícola e industrial e o crescimento das exportações e geração de novos postos de trabalho.