Símbolo nazista é pichado nos fundos de creche em Florianópolis

Prefeitura diz que imagens de câmera da unidade foram entregues às autoridades. Caso aconteceu no bairro Rio Tavares. Pais reclamam de ‘sensação de fragilidade’.

Um símbolo nazista e palavras foram pichados nos fundos de uma creche em Florianópolis. A Polícia Civil está investigando a autoria da pichação que ocorreu na Creche Diamantina Bertolina da Conceição, localizada no bairro Rio Tavares. Além da suástica pintada do lado de fora da unidade, outras frases foram pichadas no muro da instituição infantil e no brinquedo do parquinho.

O incidente ocorreu durante a madrugada de 26 de março, mas só veio à tona nesta semana após denúncias dos pais dos alunos. A prefeitura, procurada por DE nesta terça-feira (8), informou que as imagens das câmeras de segurança da unidade foram repassadas às autoridades.

A suástica foi pintada no local de descarte de lixo, próximo à Capela São Luís Gonzaga, conhecida como igreja de Pedra. A creche está situada nos fundos deste espaço religioso. A prefeitura destacou que as rondas da Guarda Municipal foram intensificadas na região após o ocorrido. O delegado regional da Capital, Pedro Mendes, afirmou que as circunstâncias do caso estão sendo investigadas pela 10ª Delegacia, sem fornecer mais detalhes sobre o andamento das investigações.

Uma mãe de uma das alunas da creche, Gabriela Góes, ressaltou que as famílias dos estudantes só ficaram sabendo do caso dias depois, o que gerou uma “imensa sensação de fragilidade” nos responsáveis pelas crianças. Ela enfatizou que as pichações têm caráter nazista e religioso, não sendo simples desenhos colocados nas paredes da escola.

A prefeitura divulgou que na madrugada de 25 para 26 de março, vândalos realizaram as pichações no muro interno e em um brinquedo do parquinho da creche Neim Diamantina Bertolina da Conceição, no Rio Tavares, além de uma lixeira externa. A Guarda Municipal foi acionada no local e um boletim de ocorrência foi registrado pela direção da instituição. Imagens de uma câmera do projeto Sentinela da Guarda Municipal estão sob análise da polícia civil para investigar o caso, enquanto as rondas da Guarda foram reforçadas na região.