Pilar que desabou e matou criança estava 3 vezes mais raso do que a norma exige, aponta laudo

pilar-que-desabou-e-matou-crianca-estava-3-vezes-mais-raso-do-que-a-norma-exige2C-aponta-laudo

Pilar que desabou e matou criança foi fixado em profundidade 3 vezes menor que a exigida, aponta laudo

Maria Luísa, de 7 anos, brincava com outras crianças em um balanço do prédio onde morava no Recreio quando a estrutura despencou sobre ela. Caso é investigado como homicídio culposo.

Laudo pericial do caso de menina morta por pilastra diz que profundidade do pilar era menor do que o exigido pela ABNT

Laudo pericial do caso de menina morta por pilastra diz que profundidade do pilar era menor do que o exigido pela ABNT

O pilar do balanço que despencou e matou uma criança de 7 anos no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, foi fixado fora dos padrões normativos mínimos e necessários, de acordo com a perícia da Polícia Civil. Um vídeo registrou o acidente. Segundo os peritos, a estrutura de aço que fixava o pilar estava a 3 centímetros de profundidade, quando deveria estar a pelo menos 10 centímetros para este tipo de estrutura. Ou seja, três vezes menor que o exigido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (AABNT).

Agora, a polícia quer saber de quem foi o erro que levou à morte de Maria Luísa Oldembergas. O acidente aconteceu no dia 4 de março.

Maria Luísa morreu após queda de pilastra que sustentava balanço em condomínio no Recreio — Foto: Reprodução/TV Globo. O caso está sendo investigado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar.

“Nesses tipos de construções existem três fases. A primeira, que é o plano do projeto; a segunda fase, que é o plano da execução do projeto; e a terceira fase, que é a eventual modificação dessa construção. Então, qualquer erro que tenha sido produzido em qualquer uma dessas fases, a pessoa será responsabilizada e indiciada pelo crime de homicídio culposo”, disse o delegado Alan Luxardo, da 42ª DP (Recreio).

Vídeo mostra momento em que pilastra atingiu e matou criança no Recreio

No dia 4 de março, Maria Luísa brincava com outras crianças em uma rede em um condomínio no Recreio dos Bandeirantes, quando uma das pilastras de concreto caiu sobre ela. A menina chegou a ser socorrida por bombeiros, mas sofreu uma parada cardíaca e morreu no local. Quinze pessoas foram ouvidas no inquérito, entre elas, os quatro últimos síndicos do prédio. “O prédio tem 15 anos. Há versões de que o pilar estava ali desde a entrega do edifício e há versões de que ele foi construído posteriormente”, disse o delegado. A polícia agora quer ouvir outros síndicos de períodos passados e funcionários da construtora para finalizar inquérito policial. “O que tem que ser esclarecido agora é o momento da construção desse pilar, se esse pilar sofreu alguma modificação pós-construção, justamente pra verificar se essa modificação foi estrutural, pra poder individualizar a responsabilidade criminal de cada, daqueles que tenham errado, porque erro houve”, falou o delegado. O RJ2 pediu um posicionamento ao atual síndico do condomínio, mas não teve retorno.

Vídeo mostra o momento em que pilastra atinge criança no Recreio; menina morreu — Foto: Reprodução/g1

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp