Piloto gravou vídeo para esposa momentos antes de ultraleve cair no interior de SP; ASSISTA
Renato Souza Filho, de 55 anos, morreu no acidente no sábado (26), na zona rural de Araraquara. Cenipa vai investigar as causas do acidente.
O piloto do avião ultraleve Renato Souza Filho, de 55 anos, gravou um vídeo para a esposa momentos antes do acidente fatal no Parque Tropical, em Araraquara (SP). Renato havia saído com a aeronave modelo MXL IIA, de Jaboticabal, cidade onde vivia, e chegou a fazer um pouso para reabastecimento em Araraquara.
Minutos depois da decolagem, o ultraleve caiu próximo ao distrito de Bueno de Andrada e Renato morreu no local. As causas do acidente aéreo ainda são desconhecidas. No vídeo, ele relata que estava chovendo no momento em que precisou pousar para reabastecer em pista rural que encontrou.
Renato era um piloto experiente e estava trazendo o avião para o proprietário Paulo Cesar Adão de Macedo. A aeronave havia passado por manutenção no velame, tecido que envolve a asa. A intenção era pousar no Centro de Aviação de Araraquara, a aproximadamente 600 metros do local da queda.
O presidente do clube de paraquedismo de Jaboticabal, Tadeu Júlio de Oliveira destacou a perplexidade com o acidente, justamente devido à experiência de Renato. Segundo Oliveira, o piloto costumava se preocupar com os aspectos de segurança dos voos. Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, Lourdes Aparecida de Souza conta que o irmão era apaixonado por aviação, experiente e também dava aulas. Além disso, trabalhava como serralheiro.
De acordo com o B.O., o proprietário informou que o ultraleve não estava registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), passava por reformas e deveria ser entregue a ele na data pela vítima. A Anac lamentou o ocorrido e informou que em relação a voos em aeronave ultraleve, não exige habilitação de piloto ou certificado de aeronavegabilidade, porém o piloto deve possuir cadastro de aerodesportista.
A Força Aérea Brasileira (FAB), informou por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que o ultraleve não tinha marca e matrícula e não possuía certificado de aeronavegabilidade. Segundo a FAB, o veículo era destinado exclusivamente ao desporto e à recreação, e que devido a suas características e finalidade não se encaixa em uma investigação formal no âmbito do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER).