Última atualização 23/10/2023 | 15:58
O pintor Jefferson Erivaldo da Silva Nascimento, que já havia confessado que roubou, estuprou e matou a fisioterapeuta Larissa Araújo, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), nesta segunda-feira, 23. O crime foi descoberto após o suspeito capotar o carro e o corpo da vítima ter sido arremessado na BR-060, no início de outubro.
Diferente da classificação da Polícia Civil de Goiás (PCGO), o MPGO define que o pintor cometeu cinco crimes, sendo eles, feminicídio qualificado, já que agiu com violência, estupro, furto qualificado, cárcere privado e tentativa de ocultação de cadáver.
Segundo o órgão, o pintor matou a fisioterapeuta não para roubar os bens da casa dela, mas para esconder o crime de estupro. Essa mudança de perspectiva sobre o crime pode impactar na condenação de Jefferson, que será julgado pelo Tribunal do Júri, podendo ser condenado a 40 anos de prisão e indenização de R$ 500 mil a serem pagos para a família de Larissa.
Confessou o crime
O homem suspeito de dirigir e capotar o carro em que o corpo da fisioterapeuta Larissa Araújo confessou o crime à polícia, após ter sido confrontado e interrogado por várias horas. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), Jeferson Erivaldo da Silva Nascimento, roubou o carro, estuprou e matou a fisioterapeuta.
“Ele disse que entrou na casa da vítima, pulando o muro da frente, ingressando na porta que estava aberta. Furtou alguns objetos delas, estuprou e matou ela. Após isso, ele contou que colocou o corpo dela no veículo junto com os pertences roubados da casa”, contou o delegado Caio Martines.
Outra versão dita pelo suspeito
Apesar de já ter confessado o crime, o suspeito insiste em uma outra versão dos fatos, alegando que fez isso a mando do ex-namorado da vítima.
De acordo com o delegado Caio Martines, foram apresentadas algumas imagens fotográficas desse suposto autor a Jefferson, ele indicou uma pessoa e a polícia realizou a prisão do suposto envolvido, que segundo o preso, se tratava do ex-namorado da vítima.
A PC interrogou e analisou o celular do suposto envolvido no crime, além de também ter analisado e conversado com amigos e familiares de Larissa. Foi concluído que esse segundo indivíduo não possui nenhum tipo de envolvimento com crime e sequer teve qualquer relação com a vítima que foi encontrada morta.
Relembre o caso
Na manhã do dia 2 de outubro, um Ford Ka capotou na BR-060, em Rio Verde, transportando um corpo de uma mulher que foi arremessado para fora do veículo com o impacto do acidente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para atender o acidente, mas ao constatar a presença de um corpo humano enrolado em lençol acionou a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) para as tratativas em relação ao corpo e a Polícia Técnico-Científica para levantar as circunstâncias do acidente e identificar o corpo.