Chegou praticamente morto’, diz irmã de homem agredido em posto de combustíveis e levado à UPA em Jaboticabal, SP
Elias Gonçalves da Silva, de 51 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu 11 dias após levar um soco na cabeça. Câmera de segurança do estabelecimento registrou o momento em que ele foi agredido.
Pintor morre 11 dias após ser agredido em posto de combustíveis em Jaboticabal, SP
Irmã do homem que morreu nesta quarta-feira (4) após ser agredido em um posto de combustíveis em Jaboticabal (SP), a empregada doméstica Andreia Gonçalves da Silva diz que a vítima chegou praticamente morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Segundo Andreia, o pintor Elias Gonçalves da Silva, de 51 anos, foi levado à unidade pelo próprio agressor. O homem teria dito na recepção que Elias tinha caído de bicicleta.
> “Nós chegamos lá e os médicos disseram que ele [Elias] tinha caído de bicicleta, mas aí depois disseram que foi pancada. Foi pancada mesmo que ele levou. Ele chegou praticamente morto na UPA. Estavam [agressor] mentindo”, diz.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o crime de homicídio. O suspeito ainda não foi identificado.
Homem de 51 anos morreu 12 dias após ser agredido em posto de combustíveis de Jaboticabal — Foto: Reprodução/ Câmeras de segurança
Elias foi agredido no dia 24 de novembro, em um posto de combustíveis na Avenida Major Ilário Tavares Pinheiro, quando estava com amigos.
As imagens de câmeras de segurança (assista ao vídeo no início da matéria) mostram o pintor, com uma blusa amarela, conversando com outras pessoas no local quando um homem sem camisa chacoalhou e empurrou a cabeça dele. Instantes depois, o mesmo homem deu um soco no rosto do pintor, que caiu no chão, aparentemente desacordado.
Pelo vídeo, é possível notar que as pessoas ao redor se desesperaram e uma delas levantou a vítima do chão e a apoiou em um automóvel cinza. Um frentista se aproximou e conversou com o grupo durante a confusão. Em seguida, o pintor foi carregado nas costas e colocado em um veículo, que deixou o local.
Elias deu entrada na UPA, e de acordo com a irmã, as pessoas que o deixaram na unidade afirmaram que ele tinha caído de bicicleta. Por esse motivo, a Polícia Militar não teria sido acionada.
A família, no entanto, buscou imagens das câmeras de segurança do posto de combustíveis e viu que Elias tinha sido agredido. Com um quadro grave de saúde, o pintor foi transferido para a Santa Casa de Sertãozinho (SP). Ele precisou ser intubado e sedado e morreu 11 dias depois. “Sofreu traumatismo craniano e deu um sangramento no cérebro. O estado dele era muito grave”, afirma Andreia.
Após a morte, a família de Elias registrou um boletim de ocorrência por homicídio. O delegado Oswaldo José da Silva instaurou inquérito para apurar o crime. Ele aguarda o laudo necroscópico e os depoimentos de testemunhas nos próximos dias para entender o motivo da agressão. “Pelas imagens a gente verifica um aglomerado de pessoas conversando até que começa uma discussão e, em determinado momento, há uma agressão contra alguém que cai ao chão e depois é levantado e socorrido. Briga generalizada não foi, porque dá pra ver que foi uma pessoa agredindo outra”, afirma.
O corpo de Elias foi sepultado nesta quarta-feira em Jaboticabal.
Familiares do pintor Elias Gonçalves da Silva, que morreu após ser agredido em posto de combustíveis em Jaboticabal, SP — Foto: Tiago Aureliano/EPTV
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