Última atualização 18/03/2022 | 12:43
As circunstâncias socioeconômicas dificultaram a vida de milhares de mulheres goianas com filhos. Elas até tentaram, mas não conseguiram suprir as necessidades básicas das crianças devido ao desemprego ou mesmo problemas de saúde. Um benefício social pioneiro em Goiás tem sido a solução para elas ao permitir a compra de remédio, gás de cozinha e de alimentos: o Mães de Goiás.
É o caso da confeiteira Lilian Santiago, uma das contempladas do Mães de Goiás que passou a receber uma ajuda financeira de R$250 neste mês para alimentar o bebê de dois anos.
“Comprei arroz, feijão, mantimentos e também fraldas para ele. Se não fosse isso, eu não sei como me viraria neste mês. Tenho água, luz e um aluguel de R$600. Foi uma surpresa maravilhosa e me ajudou muito”, diz ela, que recebeu uma mensagem pelo celular há algumas semanas convidando a comparecer a um Centro de Assistência Social para liberar o recurso financeiro.
Em breve, o programa terá alcançado cem mil beneficiárias em todo o estado. Todas elas foram selecionadas com base no Cadastro Único para Programas Sociais, o famoso CadÚnico, que é do governo federal, mas “alimentado” pelas prefeituras. Dessa forma, não há necessidade de cadastro ou inscrição voltados exclusivamente para o programa.
Se uma mulher em situação de vulnerabilidade com filhos de até seis anos de idade não recebeu o cartão, o motivo pode ser justamente o desencontro de informações no banco de dados. “É muito importante manter o CadÚnico atualizado. Por exemplo: se essa mãezinha acabou de ter um bebê, ela precisa inserir o nascimento no sistema para fazer parte do Mães de Goiás”, explica a superintendente de Desenvolvimento, Assistência Social e Inclusão, Silvana Fuini.
Para saber se a pessoa está cadastrada ou não ou mesmo se precisa atualizar o cadastro, basta acessar o site do CadÚnico. Nele, é permitido que o cidadão confira o Cadastro Único acessando os próprios dados e de sua família e possibilita a impressão de comprovante de cadastramento.
As contempladas com o chamado Mães de Goiás devem atender alguns pré-requisitos do governo estadual, como a carteira de vacinação dos filhos em dia, atendendo os critérios do Ministério da Saúde, e, no caso de gestantes, é necessário realizar todo o acompanhamento médico pré-natal e também nos primeiros seis meses de vida da criança.
A demanda pelo benefício tem sido tão grande que uma prorrogação começa a ser considerada na pasta responsável, a Secretaria de Desenvolvimento Social. Em seis meses, a receptividade já é bastante positiva, mas depende de uma avaliação interna para manter o Mães de Goiás no ano que vem. Caso isso ocorra, o programa teria vigência por mais um ano, ou seja, até dezembro de 2023.
ACUMULATIVO
Um aspecto importante destacado por Silvana é a possibilidade de cumulatividade do Mães de Goiás com outros serviços de assistência social. “O recebimento do benefício independe de outros, como o Auxílio-Brasil. Ela se enquadrando no perfil, o direito está garantido”, afirma. Segundo ela, o cartão fornecido pelo governo de Goiás também permite que a mulher utilize o crédito economizado no mês seguinte.
Para dúvidas ou mais informações, basta ligar para a Secretaria de Desenvolvimento Social no telefone (62) 3201.1975, pelo email [email protected] ou pelo perfil da pasta no instagram @sedsgoias