Piracicaba: Obra emergencial de R$ 9,6 mi na ETA para resolver falta d’água – Entenda detalhes e impactos ambientais

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Falta d’água: Piracicaba anuncia obra emergencial de R$ 9,6 milhões em ETA para resolver problema de abastecimento; entenda

Presença de resíduos em processo de tratamento de água foi apontado como um dos motivos para falta d’água na cidade. Veja detalhes na reportagem.

A prefeitura de Piracicaba anunciou uma obra emergencial na Estação de Tratamento de Água (ETA) II – Luiz de Queiroz, com o intuito de solucionar os problemas de abastecimento na cidade. O excesso de lodo resultante do tratamento de água em Piracicaba é apontado como um dos principais motivos para os constantes problemas de falta d’água na região, segundo informações do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae). O desafio enfrentado pela Prefeitura e pela autarquia era a destinação correta desse resíduo, que leva aproximadamente um ano para secar e ser removido de forma adequada.

Para combater essa questão, foi anunciado o início de uma obra emergencial para reestruturar a ETA II – Luiz de Queiroz, localizada no Centro de Piracicaba e responsável por atender 179 bairros na cidade. O investimento estimado para a realização do serviço é de R$ 9,65 milhões. A obra visa também reparar os problemas de perdas de água na cidade, uma vez que o índice atual de perdas de água limpa é de 54%, o que representa mais da metade da água tratada que não chega até a população.

Entre as melhorias previstas no projeto da obra emergencial estão a instalação de raspadores mecanizados e sistema automatizado para remoção contínua do lodo, a reforma dos decantadores com novos módulos tubulares e canaletas para melhorar a sedimentação, além da substituição completa dos materiais filtrantes em cinco unidades para garantir a qualidade da água tratada. A capacidade produtiva da ETA 2, que está atualmente reduzida, deverá ser restabelecida para 400 litros por segundo, o que corresponde a 34,5 milhões de litros por dia.

Em janeiro, após uma ação de retirada do excesso de lodo da estação, a capacidade de tratamento voltou a operar próximo ao volume máximo. A destinação e despejo do excesso de lodo proveniente do processo de tratamento de água e esgoto em Piracicaba são questões que demandam cuidado, visto que o material precisa ser drenado, seco e encaminhado para o aterro sanitário. A possibilidade de despejo desse resíduo no Rio Piracicaba levou a questões judiciais, com a justiça determinando medidas para tratamento desses resíduos.

Em 14 de janeiro de 2025, o Tribunal de Justiça acatou recurso da prefeitura e do Semae, suspendendo a decisão anterior e permitindo o despejo do lodo no rio, com o objetivo de resguardar a ordem pública e o fornecimento de água na cidade. Problemas ambientais estão entre as preocupações levantadas durante essa discussão, com destaque para a qualidade da água do rio e o impacto no ecossistema local. A questão do despejo de resíduos efluentes nas estações de tratamento de água permanece em debate, buscando soluções sustentáveis e eficazes a longo prazo.

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