Última atualização 26/04/2022 | 17:01
Berço da música e da imprensa goiana, a Cidade de Pirenópolis é o destino perfeito para quem quer descansar com a família ou curtir aventuras junto à natureza com amigos, participar de uma convenção de negócios ou qualquer outro objetivo. Com uma estrutura bem ampla na cidade e nos arredores para atender ao turista dos mais diferentes perfis, Piri, como é apelidada pelos visitantes é a queridinha de diversas “tribos”. A cidade está a 120 quilômetros de Goiânia e a 150 quilômetros de Brasília (DF).
A cidade foi fundada em 1727, como um acampamento de garimpeiros na antiga Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte e desenvolveu-se em torno dele, tendo negros e índios da região como principal mão de obra. O centro urbano cresceu em torno da Igreja Matriz e das Igrejas do Bonfim e do Carmo. Com o final do ciclo do ouro, na segunda metade do século XVIII, a economia da cidade ficou estagnada, voltando a desenvolver-se com o cultivo de algodão, pecuária e o comércio.
O primeiro jornal de Goiás, o Matutino Meia Pontense circulou entre 1830 e 1834. Em 1890, a cidade passou a se chamar Pirenópolis, uma vez que é cercada pela Serra dos Pirineus. Hoje, com pouco mais de 25 mil habitantes, tornou-se centro cultural e histórico, sendo tombada como Patrimônio Nacional, que conserva seu aspecto antigo e bucólico, cercada de morros e cachoeiras.
Um retrato vivo da história goiana, onde um povo hospitaleiro, alegre e festivo, convive com um ambiente de extrema beleza natural. Seu Centro Histórico abrange todo o seu perímetro urbano, tombado pelo IPHAN como Patrimônio Histórico em 1.989, integrando 17 hectares denominados oficialmente Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Pirenópolis. Outrora, alguns bens individuais já haviam sido tombados.
Neste conjunto, destacam-se a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário; a Fazenda Babilônia, na zona rural; a Igreja de Nossa Senhora do Carmo; a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim; o Cine Teatro Pireneus; a Casa de Câmara e Cadeia; o Salão Paroquial; a Casa Paroquial; a Ponte Sobre o Rio das Almas; a Ponte Pênsil Dona Benta e o Theatro Sebastião Pompeu de Pina, além da Festa do Divino Espírito Santo, que dura cerca de 20 dias, contando 50 dias após a Páscoa – quando acontecem as Cavalhadas.
As Cavalhadas são celebrações inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média que ocorrem há mais de 200 anos em Goiás e são uma demonstração de religiosidade e cultura, e que ainda fomenta o turismo e a economia local. O cenário consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta, ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a esta manifestação, há a presença dos mascarados, personagens que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.
Por causa da pandemia de covid-19, as Cavalhadas de Pirenópolis ficaram suspensas por dois anos. Este ano elas voltam a acontecer nos dias 5,6 e 7 de julho no Módulo Esportivo da cidade, uma vez que o Cavalhódromo criado para abrigar o evento foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e deve passar por obras de reforma e reestruturação.
Atrativos
Entre os principais atrativos da cidade estão as cachoeiras do Coqueiro e Garganta, no Parque do Coqueiro; Santa Maria, do Lázaro, Véu de Noiva, na Reserva Ecológica Vargem Grande, que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN); e do Rosário, uma das mais altas da região, com 30 metros de queda, a 35 quilômetros da cidade.
O turista pode visitar também o Parque Estadual da Serra dos Pirineus, a 20 quilômetros da cidade, visitando, com guias, o Pico dos Pireneus, com 1.385 metros de altitude, ir ao Morro Cabeludo, com mais de 1.350 metros de altura, passear pela vegetação rupestre do cerrado, além das matas, campos, nascentes, veredas e cerrados. A 56 quilômetros da cidade fica a Cidade de Pedra, na Serra de São Gonçalo, considerada a maior cidade de pedra do Brasil, possui formações rochosas que formam cânions, labirintos e formações em quartzito, que lembram formas de rostos e de animais. O local só pode ser visitado com guias.
Tombado pelo Patrimônio Histórico, o centro da cidade mantém casarões do século XVIII, igrejas e museus, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, símbolo da tradicional cultura pirenopolina; a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, uma igreja colonial considerada a mais ornada da cidade, com altares dedicados à Santa Luzia e Santa Bárbara; a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que abriga o Museu de Arte Sacra de Pirenópolis. Tem ainda prédios históricos como o Theatro Sebastião Pompeu de Pina, ou Museu de Pirenópolis; a Casa de Câmara e Cadeia; O Cine-Pireneus, o Museu das Cavalhadas, a Ponte sobre o Rio das Almas e as ruas e casarões coloniais, que chamam a atenção dos visitantes.
Ainda dentro do turismo cultural, uma boa pedida é uma visita à Fazenda Babilônia, construída por escravos no final do século XVIII. O local preserva um extenso casarão em estilo colonial, muros de pedras e tem grande valor histórico, motivo pelo qual também foi tombada como Patrimônio Nacional, pelo IPHAN, e inscrita no Livro de Belas Artes, nº480, em 26/04/1965.
Pirenópolis tem se destacado com polo regional de turismo de aventura devido as suas condições geográficas, que favorecem as atividades. Cercada de morros, matas, rios e cachoeiras, a região oferece caminhadas de curto e longo percurso com mirantes fantásticos e excelente condição para o montanhismo; rapel em cachoeira de até 50 metros de queda em negativa; boia-cross no Rio das Almas e Rio Corumbá, além de arvorismo com tirolesas e rapel em mata primária e árvores centenárias; e cavalgadas pelas serras e cerrados.