PIS/Pasep começa em janeiro com pagamento em dobro

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Previsto para ser pago neste ano, o abono salarial do PIS/Pasep foi adiado para 2022 devido ao Programa Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). Os pagamentos estão previstos para acontecer em janeiro.

O calendário de pagamentos será divulgado pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), responsável por gerir o PIS/Pasep, em janeiro. O calendário será liberado assim que o Conselho tiver auditado as informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) aos quais as empresas enviam para o governo com todos os dados dos trabalhadores.

A análise da RAIS é obrigatória para definição dos beneficiários ao abono salarial, tendo em vista que o PIS/Pasep é destinado exclusivamente aos trabalhadores com renda mensal de até dois salários mínimos por mês no ano-base.

Além disso, a partir do ano que vem, o pagamento do benefício ocorrerá entre os meses de janeiro e dezembro e não em julho sendo finalizado em junho do ano seguinte, como era feito. A determinação visa garantir que todos os trabalhadores recebam o benefício no mesmo ano, sem que o pagamento do benefício tenha peso no Orçamento do ano seguinte.

Com isso, a previsão é de que o pagamento seja disponibilizado aos trabalhadores conforme o mês de nascimento, ou seja, quem faz aniversário em janeiro deve receber em janeiro, aniversariantes de fevereiro recebendo em fevereiro e assim por diante.

Pagamento em dobro

Em relação ao pagamento em dobro, teremos o pagamento do abono salarial do ano-base 2020 e ano-base 2021. Assim, aqueles que trabalharam todo o ano em 2020 e o ano todo em 2021 e se encaixam nas regras do PIS/Pasep podem receber até dois salários mínimos, ou seja, o pagamento em dobro.

Vale lembrar que o valor normal do benefício é proporcional a quantidade de meses trabalhados ao longo do ano, ou seja, quem trabalho o ano todo recebe um salário e quem trabalhou por menos tempo receberá proporcional a quantidade de meses trabalhados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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